Federação Catarinense de Motociclismo

Começa a todo gás o Riffel MX 2008
Texto e fotos: Gerson Coas - Reportagem FCM

Largada da MX1

Marronzinho venceu a MX1

Chumbo e Feltz disputaram a vice-liderança da MX1

Jhonatan Batista fez dois pódios no seu retorno

Luiz Zimermann também subiu duas vezes no pódio

Gabriel comemorou com o público a sua vitória

Elton (215) perseguiu, mas não superou Gabriel

Feltz (51) e Barg (127) na MX2

Chumbinho (1) e Elton cruzaram juntos o arco

Nicoladelli ficou em terceiro na MX3

Pódio da MX3: Bernardi, Elton, Chumbo, Nicoladelli e Glanert

Na intermediária 28 pilotos largaram

Cássio (999) e Leandro (4) impressionaram o público

Lucas Araújo venceu a nacional...

... e Eduardo De Lavi ficou em segundo

Tauan (48) pulou na frente na largada da 85cc

Vitor Feltz ficou em segundo na 85cc

Northon (8) e Ito (55) largaram juntos

Ito Treichel conquistou a sua segunda vitória na 65cc

Jivago venceu a 50cc

O prefeito Carlos A. Piva foi homenageado pela FCM

Os integrantes do Coyote Trail Clube colaboraram com a prova

Os pilotos João Marronzinho (MX1), Gabriel Gentil (MX2), Milton Chumbinho Becker (MX3), Cássio Lima (intermediária), Lucas Araújo (nacional), Tauan Brenner (85cc), Maurício Treichel (65cc) e Jivago Rigo Filho (50cc) foram os vencedores nas oito baterias disputadas neste domingo, 2 de março, em Videira, no meio-oeste do Estado, durante a etapa de abertura do Riffel Motocross 2008 – Campeonato Catarinense.

A prova que integrou a programação alusiva aos 64 anos do município foi marcada por baterias de tirar o fôlego, com grande renovação dos ponteiros, sobretudo nas categorias de base, e pelo retorno de outros pilotos à competição. E por ser início de temporada e véspera da abertura do Campeonato Brasileiro, ninguém deu moleza. Em Videira, instável só estava o tempo.

A segunda da série de oito etapas está marcada para os dias 22 e 23 de março, na reformulada pista do Motódromo Pedra Branca, em São José.

 

 As baterias pró

Na classe MX1 o lagunense João Paulino da Silva Júnior, o Marronzinho, literalmente pulou na frente. Na largada ele disparou rumo a primeira curva e nas 22 voltas seguintes até a quadriculada mostrou que está disposto a recuperar a majestade e as coroas perdidas em 2007. “Como agora a tarde deu sol, a pista ficou espelhada em alguns pontos e muito lisa. Nas primeiras voltas procurei andar mais calmo para pegar bem o traçado, com linhas diferentes do que eu estava fazendo antes. Depois comecei a baixar o tempo e consegui abrir bastante do segundo colocado. Espero repetir isso nas outras etapas e também voltar a ser o número um do Brasil”, disse Marron, que cravou o recorde da pista com o tempo de 1’16”565 na 19ª volta da bateria.

Nessa categoria os melhores combates foram pela vice-liderança. Inicialmente brigaram João Paulo Feltz e Gabriel Gentil que pressionou insistentemente até a nona volta quando tomou um susto e tanto no salto de entrada da reta principal.

Chumbinho que assistia de camarote o disputa dos garotos aproveitou a queda de ritmo do Gabriel para superá-lo, e daí partiu para cima de Feltz que não entregou facilmente a posição. Após algumas voltas Milton Chumbinho confirmou o segundo lugar, enquanto Feltz ficou em terceiro, mas se apresentando como uma das fortes novidades da temporada.

Jhonatan Batista marcou o seu retorno com a quarta colocação, seguido de Luiz Zimermann e Richard Berois que fechou a bateria em sexto.

 Na classe MX2 Gabriel Gentil conquistou a sua primeira vitória na categoria depois de suar a camisa para se manter a frente de um empolgado Elton Becker que voltou ao motocross com a moto estampada de fundo amarelo, dando prioridade a MX3. E nesse duelo de gerações, Gabriel reconheceu que experiência é posto. Inicialmente ele brincou “Pô, o tiozinho não cansava!”, mas depois deixou de lado um pouco da sua irreverência. “Essa vitória tem um pouco do Elton Becker, pois quando eu comecei a andar na 50cc ele era a minha referência, e duelar com ele hoje foi como a realização de um sonho”, disse.

Feltz, Batista e Zimermann repetiram a mesma seqüência do pódio. Fabiano Barg ficou em sexto.

Já na MX3 os irmãos Milton Chumbinho e Elton roubaram a cena. No final o ponteiro Chumbinho tirou a mão e os dois fizeram a última volta lado a lado sob os aplausos do público. “É bom poder relembrar os tempos que eu e o Elton brigávamos nas pistas. São poucas as famílias que tem esse privilégio de ter irmãos correndo juntos, mas espero que a partir de agora isso possa voltar a se repetir por mais um bom tempo”, disse Chumbo.

Erivelto Nicoladelli em terceiro, o paranaense Alexandre Bernardi – filho do lendário campeão Nivanor – em quarto e Eliseu Glanert em quinto completaram o pódio. Como brincou Chumbo, somado o tempo de moto desse pessoal do pódio, chega-se perto da idade da descoberta da roda!

 

 A intermediária e a nacional

A limitação das motos a 250cc 4T ou 125 2T para a classe intermediária parece ter sido uma decisão acertada. Com 28 inscritos a bateria foi extremamente disputada e competitiva. A cada instante havia dois ou mais pilotos em brigas diretas, revelando pegas tão emocionantes quanto aos das baterias dos pilotos profissionais.

A batalha principal ocorreu entre o vencedor Cássio Lima e o segundo colocado Leandro Lemos, que veio da velocidade na terrra. Em pelo menos cinco oportunidades os dois ficaram lado a lado. Porém Leandro também quase foi ao chão quando a sua moto atravessou ao decolar em uma mesa do circuito. “Fiquei com os dois pés na esquerda da moto. Culpa do Joaninha! A gente fica assistindo as loucuras dele e acaba se empolgando”, brincou Leandro, que após essa descarga extra de adrenalina não conseguiu manter a proximidade com o líder nas três voltas finais.

“O Leandro estava mesmo guiando forte na parte mais rápida da pista. Eu tinha vantagem no trecho das sessões de costelas. E com toda essa pressão foi muito cansativo”, disse Cássio que também confirmou seu interesse de participar em todo o campeonato.

Em terceiro ficou Matheus Nichetti que puxou a fila integrada por Alan Prim, Marcel Maison e Felipe Barbieri, cuja diferença entre eles na passagem final ficou em menos de quatro segundos.

 Na nacional as novas motos de 230cc devem se consolidar como as principais da categoria. Foi com as Honda CRF que Lucas Araújo e Eduardo De Lavi protagonizaram os melhores momentos da bateria dessa primeira etapa. De Lavi pressionou, mas Araújo resistiu e foi mais rápido ao negociar a ultrapassagem nos retardatários, abrindo considerável vantagem. “No ano passado eu participava da Copa Oeste e corri em algumas etapas do Riffel. Mas agora, com a 230cc no Brasileiro, correr aqui no estadual é quase que obrigatório. A idéia é fazer todas as etapas”, falou Araújo.

Charles Baron, Fabrício de Souza e Andrey Marcon completaram o pódio.

 

 As categorias de base

Outro piloto que mostrou ter feito direitinho a lição de casa durante as férias foi Tauan Brenner, da 85cc. O garoto de apenas 12 anos que há cerca de 10 meses passou por duas fraturas nos pulsos, impressionou pela consistência durante o final de semana. Comandou todos os treinos da categoria e na corrida liderou o pelotão desde o início. “Nos treinos eu saía atrás e por estar mais rápido ia passando o pessoal. Aí eu tive a noção que realmente estava bem. Na largada saí em primeira marcha e percebi que a minha moto deu um pulo em relação às outras. Depois foi só administrar a corrida”, relatou Tauan, o único a baixar da casa de 1’30” por volta.

Do segundo colocado Vitor Feltz, passando pelo também estreante Venício Voigt, por Maylon Dal Lago, até o quinto colocado Heitor Cardoso, o equilíbrio foi maior. Todos guiaram no mesmo segundo, em 1’31” alto a 32”. Tudo indica será uma temporada equilibrada.

Na largada da 65cc Maurício Treichel e Northon Carvalho rasgaram a reta emparelhados e destacados do grupo. Porém mais experiente Rodrigo Riffel se jogou curva adentro pela parte externa e conseguiu a liderança. Mas foi aí que Riffel viu um mesmo desagradável filme passar pela segunda vez.

Assim como aconteceu na etapa de Tubarão no ano passado, ele deteve a ponta até os 10 minutos de prova quando furou o pneu traseiro da sua KTM. E novamente o maior beneficiado foi Treichel que seguia na segunda colocação, embora dessa vez com a constante presença de Northon a dois ou três segundos de diferença. “Quando passamos o Rodrigo eu até tentei chegar mais no Ito (Treichel). Mas ele conseguia sair mais rápido das curvas, mandava o duplo mesmo saindo por dentro e não deixava eu me aproximar”, contou Northon, satisfeito pela sua melhor colocação no estadual.

Em terceiro chegou Matheus de Oliveira, seguido de Vinícius Rosa e Eloy Júnior. Riffel não completou a bateria, mas ficou dentro da zona de classificação, com a oitava posição.

 Em virtude da possibilidade de chuva a 50cc foi realizada ainda na parte da manhã. E com a subida do chapecoense Treichel para a 65cc o caminho ficou livre para a renovação do ponto mais alto do alto do pódio.

O seu conterrâneo Jivago Rigo Filho foi o primeiro a aproveitar. Ele venceu a bateria e fez o melhor tempo de volta da corrida. Pietro Pimentel, o mais rápido da segunda sessão do treino de sábado ficou em segundo na prova, enquanto Bruno Couto que fez o melhor tempo do warm-up, ficou em terceiro. Gustavo Moura ficou em quarto, e Wagner Oliveira que caiu na volta inicial, recuperou posições e nos metros finais superou Henrique Schmitt, ficando com a quinta colocação.

 

Avaliação da etapa de abertura do Riffel MX

Para o presidente da FCM Onilio Cidade Filho, o Kiko, o resultado da etapa foi positivo. “Começamos o ano incluindo mais uma cidade do circuito do motocross, e o mais importante, um município do interior do Estado. Essa é a idéia da FCM e de seus patrocinadores, descentralizar o esporte seguindo por todas as regiões de Santa Catarina, prática que estamos conseguindo implementar, com mais intensidade nos últimos quatro anos", disse.

"Quanto a Videira, estamos muito contentes com a receptividade e com o convite do prefeito Carlos Alberto Piva para que o Riffel Motocross volte a cidade no segundo semestre. A pista agradou aos competidores e acredito que com um certo incremento na estrutura de box e de público, teremos mais um bom motódromo em nosso Estado”, concluiu Kiko.

A primeira etapa do Riffel Motocross – Campeonato Catarinese foi uma realização da Prefeitura de Videira, sob a supervisão da Federação Catarinense de Motociclismo, patrocínio da Riffel, apoio da H-Parts, Moto Shop e Destak Transportes, e colaboração do Coyote Trail Clube.

E como já foi anunciado a FCM está se programando juntamente com os patrocinadores, para sortear quatro motocicletas na Festa da Premiação do final do ano, sendo que uma para as modalidades de pista (MX, SX, VX), outra para o todo terreno (Enduro, Cross Country e Regularidade), e outra contemplando os vice-campeões e terceiros colocados. A quarta moto será o item surpresa.

 

Resultados completos do Riffel MX 2008, etapa de Videira 1º - 2 de março:

http://www.fcm.org.br/resultados.php?prova=321&camp=121&etapa=1

 

 

 


 
 
 
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