Federação Catarinense de Motociclismo

ESPECIAL – Emoções do início ao
fim da 6ª etapa do Riffel MX
Texto: Mariellen Koteski - Fotos: Gerson Coas

Cidade (FCM) e Fábio Roza, da Riffel: pode-se dizer que o campeonato está show!

Paulo Portalete, Secretário de Esportes: a Prefeitura resolveu apoiar essa idéia

Na abertura um momento especial: todos deram as mãos numa oração pelo JP

O traçado do Motódromo Colina Verde agradou

Anísio consquistou sua primeira vitória do ano na MX3

Haley lidera a MX3 com 29 pontos de vantagem

Um dos bons momentos: Eliseu e Mirko na disputa do terceiro lugar

Holtmann venceu e agora é o líder da 85cc

Feltz está ganhando ritmo. Dessa vez foi segundo

Até os 20min da MX2, Gabriel (931) foi perseguido por Popinhak (280)...

... e no final, pelo segundo lugar, Hort (18) tentava escapar do Anderson (65)

No seu retorno Zimermann subiu ao pódio

Maurício tenta a temporada perfeita na sua despedida da 55cc...

... enquanto Brayan busca uma vitória

A intermediária novamente foi a que teve o maior número de inscritos

Reis e Paulo Jr. chegaram próximos na quadriculada

Thell (702) superou Felipe (501) na última volta e ficou com o quarto lugar

Rodrigo dominou a 65cc de ponta a ponta

Tauan está recuperando a velha forma: dessa vez foi terceiro colocado

O piloto local Maicon Frena (36) largou na ponta...

... mas na segunda volta foi superado por Darlan que seguiu rumo à vitória

Popinhak dominou e venceu a MX2 e a MX1...

... mas Anderson segue líder de ambas as classes

Marcos Cordeiro acelerou forte e ficou em terceiro

O Riffel Motocross 2007 – Campeonato Catarinense está entrando na sua reta final. Restam mais duas etapas, a sétima que acontece em Capinzal juntamente com a etapa do Sul-brasileiro, dias 20 e 21, e oitava e decisiva etapa em Canelinha, marcada para os dias 3 e 4 de novembro.

Fábio Roza, supervisor de vendas e representante da Riffel – Coroas e Pinhões, acompanhou as baterias da sexta etapa da competição realizada em Brusque, no último domingo de setembro, dia 30. “Está chegando a fase final do campeonato e pode-se dizer que ele está show. O trabalho que a FCM faz é invejável. O Kiko (Onílio Cidade Filho) é muito competente e isso se reflete na qualidade da competição”, afirmou Fábio.

E pelo equilíbrio das categorias nos confrontos recentes, tudo indica que os títulos provavelmente serão definidos somente na prova do Motódromo Arthur Jachovicz.

O maior exemplo dessa competitividade foi justamente a etapa de Brusque, com pilotos disputando lado a lado do início ao fim. A prova marcou a estréia do Motódromo Colina Verde e apesar do traçado ser em terreno duro, foi considerada uma das melhores deste ano.

Na pista César Popinhak foi o grande destaque após vencer as duas principais categorias da competição, a MX1 e a MX2. Anísio Clasen conquistou a primeira vitória na MX3 da temporada, assim como Marcos Holtmann na 85cc. Os líderes Darlan Marcondes (nacional – 134 pontos), Rafael Reis (intermediária – 141), Rodrigo Riffel (65cc – 145) e Maurício Treichel (55cc – 125), confirmaram o favoritismo e venceram mais uma etapa.

Depois dessa etapa Anderson Cidade segue na liderança das classes MX1 e MX2 com 124 e 131 pontos, respectivamente, assim como Edson da Silva manteve a primeira posição na MX3 com 121 pontos. Na 85cc Marcos Holtmann (131) assumiu a ponta.

Mas nem tudo foi agradável naquele final de semana. No início da segunda sessão de treinos livres, Jacson Probst caiu na recepção de um salto, a tal “mesa do container”. A gravidade da situação foi rapidamente percebida quando o piloto permaneceu completamente imóvel após a queda. Removido para o hospital, JP deu entrada na UTI em situação bastante grave. Passadas duas semanas, felizmente o seu quadro já apresenta melhoras, mas ainda inspira muito cuidado.

 Cai o gate

Como de praxe a primeira categoria a largar foi a MX3, bateria marcada por belos duelos, mas poucas ultrapassagens nas primeiras colocações. Líder do campeonato, Edson da Silva era favorito e saiu na frente, mas logo no início perdeu a posição para Anísio Clasen. Lado a lado durante quase toda a prova, Edson ameaçava e Clasen segurava a posição. Nas voltas finais o ponteiro abriu uma pequena vantagem e assegurou a primeira vitória na temporada. “Senti que tenho potencial para vencer, mas a cabeça precisa ajudar, coisa que não vinha acontecendo e que hoje deu certo. Ainda quero entrar na briga pelo título e vou acelerar para isso. Essa vitória dedico ao meu filho Ariel, que está vindo aí e que também vai acelerar”, contou Clasen, que assumiu a vice-liderança da categoria.

Mesmo com o segundo lugar Edson segue confiante. “Como vi que o Anísio estava andando muito forte, preferi não arriscar. Está chegando a reta final e o segundo lugar me garantia uma folga maior na classificação. Claro que a vitória é importante, mas o título muito mais”, desabafou Edson que não mediu elogios para a pista recém inaugurada. “A prova foi show, mas como poderia deixar de ser se essa pista é 10, sem dúvidas uma das melhores que já vi”, concluiu.

Mirko André dos Santos beneficiado com a queda de Eliseu Glanert, terminou na terceira posição. A briga pela quarta posição foi entre Ari Duarte e Fabio Oliveira, com vantagem para Duarte que suportou a pressão imposta por Fábio.

Na seqüência foi a vez dos pilotos da 85cc entrarem na pista. Marcos Holtmann aproveitou a ausência do até então líder Samuel Pacheco, para vencer a prova e assumir a primeira posição do campeonato. No início Victor Feltz tentou acompanhar Holtmann, mas logo perdeu contato e teve que se contentar com a segunda posição. “A prova foi difícil, mas posso dizer que andei tranqüilo. Senti dificuldade porque a pista tinha bastante buraco e o calor estava muito forte. Assumi a liderança e agora é manter a regularidade e administrar a vantagem que consegui por causa da ausência do Samuel”, relatou Holtmann.

Heitor Daniel Cardoso terminou na terceira colocação depois da queda de Maylon Dal Lago, quarto colocado na prova. Rafael Becker subiu ao pódio na quinta colocação.

As disputas da MX2 foram acirradas do início ao fim. Apontado como um dos favoritos à vitória Anderson Cidade largou forte, mas caiu ainda na primeira curva. Assim quem saiu na frente foi Gabriel Gentil, seguido de perto por César Popinhak. Os dois andaram lado a lado durante quase toda a prova e por vezes quase se tocaram, mas Gabriel suportou a pressão até cair numa frenagem – segundo ele por falto do freio traseiro – e ser ultrapassado por Popinhak. “Cometi um erro no início e o Gabriel passou na frente. Fui andando junto a espera do momento certo para tentar a ultrapassagem. Ele errou e aí foi só administrar”, explicou Popinhak que justificou o bom resultado pela qualidade da pista. “A pista está muito show. Eu não cheguei a treinar antes, embora more perto, e talvez o elemento surpresa tenha sido o grande diferencial”, continuou o piloto de Balneário Camboriú.

Com a frente da moto torta Gabriel perdeu ainda a segunda posição para o piloto da casa Tiago Hort e a terceira para Anderson Cidade, que nos instantes finais encostou em Hort. Os dois protagonizaram um dos mais bonitos duelos do dia, recebendo a bandeirada praticamente empatados.

Correndo diante da torcida, Tiago Hort conquistou seu melhor resultado e não escondeu a satisfação. “Considero esse resultado uma vitória. Correndo em casa, com a torcida toda a meu favor, um dia perfeito. No final achei que não ia consegui manter a posição, porque o Anderson vinha muito forte, mas acabou dando certo. Acredito que tenha levado um pouco de vantagem por já conhecer a pista, embora ache que na hora da prova é tudo muito diferente”, relatou empolgado.

“Levei dois tombos, um no início da bateria e outro quando o Luis Felipe Claudino bateu na minha moto. Tive que fazer uma prova de recuperação e por isso estou feliz com o terceiro lugar, até porque consegui aumentar a vantagem na classificação”, explicou Anderson, líder da categoria.

Prestes a abandonar a classe 55cc, Maurício Treichel dominou a bateria mais uma vez de ponta a ponta e garante que o objetivo é encerrar a sua participação na categoria das minimotos com 100% de aproveitamento. “Estou muito feliz com mais uma vitória. No início estava meio complicado, porque todos estávamos andando juntos, mas depois abri e ficou mais fácil. Agora quero vencer as próximas duas etapas para terminar o campeonato invicto, mas se não conseguir manter a invencibilidade, me contento com o título”, disse o piloto que já está se adaptando a classe 65cc.

Na segunda posição chegou José Brayan Padilha Soares que logo no início superou Leonardo de Souza, terceiro colocado.

Rafael Reis e Alan Ricardo Prim largaram na frente na classe intermediária e se distanciaram dos demais travando um duelo a parte. Felipe Barbieri, Paulo Krutzsch Júnior e Eliseu Glanert também escaparam do pelotão principal e, enquanto Rafael abria vantagem na frente, Paulo Jr. acelerava para chegar nos ponteiros até ultrapassar Alan Prim. A cada volta diminuía a diferença entre o primeiro colocado e o segundo. A pressão imposta por Paulo Jr. foi grande, mas com maior experiência o líder da prova e do campeonato assegurou mais uma vitória.

“Achei que seria mais fácil, principalmente quando abri em relação ao Alan. Mas o Paulo veio num ritmo muito forte e começou a ameaçar. Se tivesse mais tempo de prova eu não teria mais braço para agüentar, porque forcei muito. Sei da importância desses 25 pontos para manter a liderança da categoria”, disse Rafael que dedicou a vitória ao pai. “Queria dar essa alegria ao meu pai que passou por problemas de saúde, mas que voltou a estar do meu lado”, completou.

“Faltou preparo, faltou treino, faltou potencia na moto. O que não faltou foi vontade de vencer”, desabafou Paulo Jr.

Na 65cc Rodrigo Riffel largou na frente e passeou pela pista até receber a quadriculada na primeira colocação. “Larguei bem e só administrei a primeira posição. Agora é manter o ritmo para confirmar o título desse ano”, disse Riffel. Hallex Dalfovo e Tauan Brenner, que fez sua terceira prova depois de se recuperar das fraturas nos pulsos, não ameaçaram nem foram ameaçados por ninguém, mantendo a segunda e terceira colocação respectivamente, do início ao fim. Maurício Treichel largou em sexto e ganhou duas posições terminando em quarto. Venício Voigt completou o pódio.

O piloto da casa Maicon Frena saiu na primeira posição da classe nacional, mas logo foi superado por Darlan Marcondes, Ramon França e Eduardo Delavi, que abriram dos demais. Darlan aumentava sua vantagem a cada volta e a briga ficava pelas posições intermediárias. Delavi chegou a ameaçar Ramon, mas não conseguiu superá-lo. Com isso o pódio foi ocupado por Darlan na primeira posição, mesma que ele ocupa no campeonato, seguido por Ramon em segundo, Delavi, NMN papildai https://lcell.lt/products/nmn-milteliai-papildai Fabrício de Souza e Murilo França na quinta colocação.

“Larguei no pelotão da frente e andei junto até que em um duplo ninguém pulou, só eu, e aí consegui passar a frente. Não imaginava abrir tanta vantagem, mas que bom que foi assim, mais tranqüilo”, afirmou o vencedor.

Na última bateria da tarde, a da classe MX1, Popinhak, Anderson, Djohny Aquino e Marcos Cordeiro dispararam na frente. Anderson começou a pressionar Popinhak, mas não arriscou muito, pois um erro dava o segundo lugar a Djohny que vinha logo atrás. Voando na pista Cordeiro superou Djohny, que na volta seguinte, em uma tentativa de ultrapassagem, acabou se chocando com outro piloto e foi parar no chão, perdendo ainda mais tempo.

Nas últimas voltas Anderson Cidade voltou a pressionar Popinhak, mas depois de um susto preferiu não arriscar. Mesmo com uma queda, Cordeiro sustentou a terceira posição. Erivelton Nicoladelli e Gabriel Gentil terminaram na quarta e quinta colocação, respectivamente.

‘Final de semana perfeito’ foi a definição de Popinhak depois de vencer também a classe MX1. “Larguei bem e fiz o que pude para segurar o Anderson atrás de mim. Consegui a vitória e estou muito feliz por isso, querendo repetir os resultados na próxima etapa”, finalizou Popinhak.

A liderança das duas categorias segue com Anderson Cidade. Embora a segunda colocação tenha o deixado ainda mais confiante no título, ele não esconde a ansiedade em vencer uma prova na MX1. “Corri com dois corações. Um queria a vitória a qualquer custo, outro manter a liderança e as chances de ser campeão. Quando percebi que seria muito difícil passar o César preferi não arriscar para não pôr tudo a perder”, afirmou ele que abre 18 pontos de vantagem na classificação.

Para Cordeiro o terceiro lugar foi gratificante. “A pista estava muito escorregadia. Com a 450cc era preciso sair com calma das curvas, e mesmo assim ela desgarrava. Depois de bater várias vezes o pé e forçar o joelho esquerdo, acabei caindo numa curva. Mas tudo bem”, disse o piloto de Araranguá que impressionou os espectadores que acompanhavam a bateria nas proximidades do ‘salto da colina’, onde ele se jogava pra valer, alcançando a maior distância dentre todos os pilotos.

A sexta etapa do Riffel Motocross – Campeonato Catarinense foi uma realização da Melo Racing em parceria com a CMB – Metalúrgica Brusque, contou com apoio da Prefeitura de Brusque, Era Florestal, JP Racing, Centro Comercial Bruem, Unicópias, Embrast Embalagens, GS Moto Peças e Edinho Materiais de Construção. O patrocínio foi da Mega Motos Honda, Supermercado Archer e Buettner S/A.

“A vontade de reativar o espaço onde foi realizada a prova era muito grande, foi então que a Prefeitura resolveu apoiar essa idéia, principalmente pela importância que isso tem para a cidade. Fiquei bastante impressionado com o resultado, inclusive pela forma como foi utilizada a topografia do local. Deu para perceber o talento que cada piloto tem”, disse Paulo Portalete, Secretário de Esportes de Brusque.

O Riffel MX é organizado pela Federação Catarinense de Motociclismo (FCM) com apoio da Riffel - Coroas e Pinhões, H-Parts, Motoshop, Destak Transportes e Hess Express.


 
 
 
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