Pela segunda vez na temporada, os melhores pilotos do país estiveram reunidos no Motódromo Internacional Arthur Jachowicz, em Canelinha. Nas seis baterias não faltaram boas doses de adrenalina. O mineiro Balbi Júnior comemorou a vitória nas duas principais categorias. Na MX2 ele largou de ponta e se afastou da briga que valia a segunda posição entre os pilotos do time Honda. Na MX1 ele largou mais atrás, mas precisou de menos de 10 minutos para assumir a liderança e vencer mais uma. O catarinense Marronzinho ficou em segundo nessas duas classes, sendo que a MX2 já tem o campeão conhecido por antecipação: o também mineiro Swian Zanoni.
Entre os catarinenses se destacaram Milton “Chumbinho” Becker terceiro na MX3, Anísio Clasen segundo na MX4, Hallex Dalfovo quarto na MxJr, Germano Vandressen terceiro na Nacional 230cc. Além deles, José Brayan que venceu a 65cc e marcou seu nome na história do motódromo como o primeiro catarinense a ganhar uma corrida no novo traçado de Canelinha.
Confira todos os detalhes das seis baterias:
MX1
A prova da categoria MX1 começou com a briga entre Wellington Garcia e Swian Zanoni já nos metros iniciais da disputa. Swian, que largou em segundo, pressionou e chegou até a assumir a primeira posição, mas acabou errando e entregando para Wellington e João Marronzinho, que vinha logo atrás. O catarinense então pressionou e assumiu a liderança da prova, abrindo uma pequena vantagem para Wellington.
Jorge Balbi, que não fez uma boa largada, logo chegou nos ponteiros ultrapassando Leandro Silva e Wellington e encostando no líder. O mineiro foi pra cima, pressionou e assumiu a liderança da prova, abrindo uma grande distância para os concorrentes e administrando com tranquilidade até a quadriculada. “O Marrom estava num ritmo forte, mas consegui chegar nele, assumir a posição e a partir daí procurei abrir uma vantagem para andar com calma durante o restante da bateria”, disse Balbi.
João Marronzinho terminou na segunda colocação, e novamente, foi o melhor catarinense da prova. “No começo da prova, assim que passei o Wellington, escutei a galera gritando e incentivando, mas o Balbi veio muito forte, estava difícil acompanhar ele então eu optei por deixar quieto, mantendo a segunda colocação pra não errar porque a segunda colocação estaria ótimo pra eu encostar na liderança do campeonato”, disse.
Wellington terminou com a terceira colocação. Na última volta, Leandro e Swian disputaram a quarta posição. Os dois pilotos andaram lado a lado, mas Swian acabou errando e deixou que Leandro ficasse com a posição, diminuindo a diferença na classificação do campeonato.
MX2
Jorge Balbi dominou a bateria da categoria MX2 de ponta a ponta. O mineiro largou na frente seguido por Roosevelt Assunção e João “Marronzinho” Júnior. No início, Roosevelt chegou até a pressionar Balbi, mas com Marronzinho colado na terceira posição, Balbi conseguiu abrir distância, enquanto Roosevelt se preocupava com o catarinense.
A disputa então ficou pelo segundo lugar entre Marronzinho e Roosevelt. O catarinense tentou ganhar a posição várias vezes - em uma dessas chegou a ultrapassar -, mas perdeu a posição para Roosevelt e Jean Ramos que estava logo atrás.
Em seguida, Roosevelt perdeu a posição para Jean e Marronzinho que vinha logo atrás. Os dois pilotos disputaram a vice-liderança da prova por várias voltas até que Marronzinho conseguiu a posição e abriu uma distancia, mas não conseguiu ameaçar Balbi, que venceu com tranquilidade. “Estou muito feliz, foi uma excelente vitória. Acredito que a boa largada me ajudou bastante e o trabalho realizado na pista também. Ontem a pista não estava legal e hoje eles corrigiram, estava bem mais molhada, deu mais segurança e ficou um pouco mais técnica. Acho que isso contribui para que eu andasse bem”, disse o vencedor.
“O Roosevelt estava rápido no início da prova, mas procurei não me estressar muito com ele porque o principal pra mim é a MX1. O Jean chegou, dei uma errada, ele passou e eu preferi deixar para o final”, comentou o Marronzinho, o melhor catarinense da categoria.
Hector Assunção, Swian Zanoni e Jean Ramos completaram o pódio. Com o resultado, Swian conquista o título da categoria com uma etapa de antecedência.
MX3
Cristiano Lopes saiu na frente na bateria da MX3/MX4, seguido de perto por Milton Chumbinho e Davis Guimarães, que já assumiu a vice-liderança ainda na volta inicial. Davis partiu para cima a fim de assumir a posição do líder que resistiu o que pode.
Enquanto isso, Chumbinho caiu na sessão de costelas, retornando à corrida na penúltima posição. “Foi complicado voltar lá atrás com quase meia volta de diferença dos ponteiros. Consegui faze uma boa recuperação. Mas ainda faltou um pouco.”, disse Chumbo que terminou em terceiro, colado em Cristiano e fazendo a melhor volta da prova. Os catarinenses Richard Berois e Erivelto Nicoladelli completaram o pódio na quarta e quinta colocação, respectivamente.
MXJr
Anderson Amaral venceu de ponta a ponta a categoria MxJr. O líder do campeonato, Endrews Armstrong caiu na curva da largada e teve que fazer uma prova de recuperação, recomeçando na penúltima colocação. Anderson aproveitou para se mandar na frente e diminuir a sua diferença na classificação do campeonato. Leonardo Lizzot foi o segundo, seguido por Endrews, que conseguiu recuperar e terminou na terceira posição. Hallex Dalfovo foi o melhor catarinense, finalizando na quarta colocação, a frente de Pedro Bueno, quinto colocado.
“Não pegamos uma condição boa de pista. Eles molharam para a MX2, aí eles andaram meia hora e a pista para nós estava ruim, mas além da ‘buraqueira’ eu estava preparado e consegui uma boa colocação”, disse Hallex.
Nacional 230cc
Ainda na parte da manhã o warm-up da 230cc mostrou que poderia ter bons resultados catarinenses na categoria. Jacson Keil fez o segundo tempo, somente atrás do líder do campeonato, Ismael Rojas. Porém, na bateria os dois não tiveram sorte. Ismael caiu e recomeçou de último, enquanto Jacson teve o pneu traseiro furado ainda na metade da bateria. Bom para Nivaldo Viana que dominou a bateria desde a largada.
Fabiano Santos ficou em segundo e Germano Vandressen foi o melhor catarinense com a terceira colocação. “Até que foi um bom resultado. Ontem acabei quebrando a suspensão dianteira, mas felizmente conseguimos uma outra bengala e pude largar. Durante a bateria até forcei um pouco mais no final para tentar chegar no Fabiano, mas a suspensão começou a amolecer e decidi garantir a colocação”. Ricardo Kades, também catarinense, foi o quinto colocado, seguido por Jacson, em sexto e Ismael em sétimo.
65cc
Brayan largou na frente e como era o único da categoria a mandar a mesa da chaminé conseguia uma grande vantagem, dando um fôlego extra para se defender dos ataques dos oponentes no restante do traçado.O catarinense teve em sua cola durante toda a bateria Djalma Brito e Enzo Lopes.
No finalzinho, Enzo assumiu a segunda posição e pressionou Brayan, que soube segurar e marcou seu nome na história ao ser o primeiro piloto catarinense a vencer no novo traçado da pista de Canelinha. “A pista é muito boa, muito técnica, gostosa de andar. Adorei vencer aqui, com esse público maravilhoso que me ajudou e incentivou”, disse.
Confira os cinco primeiros de cada categoria:
MX1
1º Jorge Balbi Júnior
2º João Marronzinho Júnior
3º Wellington Garcia
4º Leandro Silva
5º Swian Zanoni
MX2
1º Jorge Balbi Júnior
2º João Marronzinho Júnior
3º Hector Assunção
4º Swian Zanoni
5º Jean Ramos
MX3
1º Davis Guimarães
2º Cristiano Lopes
3º Milton Chumbinho Becker
4º Richard Berois
5º Erivelto Nicoladelli
MX4
1º Wellington Ferreira
2º Anísio Clasen
3º Júlio Xavier
4º Flávio Machado
5º Sandro da Rosa
MXJR
1º Anderson Amaral
2º Leonardo Lizzot
3º Endrews Armstrong
4º Hallex Dalfovo
5º Pedro Bueno
CRF 230
1º Nivaldo Viana
2º Fabiano Santos
3º Germano Vandressen
4º Marcelo de Souza
5º Ricardo Kades
65cc
1º José Brayan
2º Enzo Lopes
3º Djalma Brito
4º Daniel Reichardt
5º Carlos Evangelista