Federação Catarinense de Motociclismo

4 de setembro de 2001
edição n.º 2

De volta a Canelinha

Mais uma vez tivemos a oportunidade de testar e comprovar a tradição que Canelinha tem no Motocross. O velho motodromo consegue cativar as mais variadas classes da população. Ainda conseguimos ver, pessoas que tiveram participação desde a primeira prova, 23 anos atrás, acompanhados de família ou amigos.
As pessoas não se intimidam com a previsão ruim de tempo ou até mesmo com os adiamentos que foram feitos em função do tempo, e até mesmo com a divulgação de um boato que novamente o evento seria transferido. A isto também se acrescentam pilotos e equipes, que lá estiveram e que notadamente demonstravam a satisfação de poder correr em Canelinha. Foram mais de 150 pilotos e um publico geral próximo de 8000 pessoas.
"Isto é Canelinha", disse seu Arthur, patriarca da família Jachowicz, que junto com Sérgio seu filho mais velho e ex-prefeito da Cidade, teve a felicidade de criar este parque. Mais uma vez,este senhor de 80 e poucos anos não se intimidou e à sombra de uma arvore chegou às 12 horas de domingo e de lá saiu só quando as provas terminaram.
Em uma rápida reunião ontem (segunda feira) com o proprietário, decidiu-se, fazer melhorias. Ganha o esporte que mantém viva a lenda Canelinha, e mantém Santa Catarina, como sede do mais antigo e tradicional Motodromo do Brasil. Por falar em Brasil é claro e evidente o arrependimento dos "feudais do esporte" que tiraram Canelinha do Calendário de 2001, principalmente após a trágica prova do Campeonato Brasileiro.

DO CÉU PARA O INFERNO

A penúltima prova do Campeonato Brasileiro de motocross realizada na Cidade de Cachoeiro do Itapemirim ES, foi um show de competência e dedicação. O empresário Sr. Clemente, proprietário da revenda Honda da cidade, aplicou melhorias no motódromo que certamente lhe deram por antecipação o título de melhor prova do ano.

A estrutura montada o qualificou como o mais apropriado para sediar qualquer evento deste segmento, inclusive provas internacionais. Para chegar neste nível o empresário compareceu às etapas anteriores, e analisou pontos positivos e negativos. Peneirou, e consequentemente lhe sobraram boas e promissoras idéias que foram aprovadas por todos que lá estiveram.

Porém nem tudo tem continuidade. Para surpresa geral, a próxima etapa seria uma tragédia.

Há tempo que não víamos uma prova tão ruim. Desde ameaça dos pilotos em não correr, passando pela falta de água, cerca, som, banheiros, hotel, organização, público e tudo que estamos acostumados a ver num bom evento, esta etapa deixou muito a desejar.

A infelicidade dos supervisores do evento, em não admitir tais falhas criaram um ambiente ruim, culminando com fortes e ásperas discussões, nos boxes, levando muitos pilotos a questionar: Como se tira uma prova de um local onde se coloca 30.000 pessoas, e a leva para um local ermo?

Aguardamos a resposta!

Abraços.

Onilio Cidade Filho
Presidente da FCM


 
 
 
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