Ao completar 15 anos o Autódromo da cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, pela segunda vez na sua história cedeu lugar às motocicletas. No final de semana em que era comemorado o Dia dos Pais, 12 e 13 de agosto, os fãs do motocross acompanharam a terceira e quarta etapas do Campeonato Brasileiro de Minicross 55cc, e paralelamente, a quinta etapa do Riffel Motocross – competição que tem o status de Campeonato Catarinense. No Brasileiro de Minicross os garotinhos que se deram bem e fizeram ainda maior a alegria de seus pais foram o gaúcho Enzo Lopes (A), o catarinense Maurício Treichel (B) e o paulista Ricardo Jurça (C). Nas baterias válidas para o Riffel MX, três das oito classes foram vencidas pelos pilotos da casa: Treichel foi novamente o mais rápido da classe 55cc, Douglas dos Santos comemorou na 85cc e Tiago Baú faturou de ponta a ponta a nacional. Já a MX1 marcou a primeira conquista de Djohny Aquino na categoria, enquanto Marronzinho manteve o domínio na MX2 e Milton Chumbinho venceu a MX3. Na intermediária Erivelto Nicoladelli chegou a sua segunda vitória da temporada, e na 65cc o primeiro lugar foi para o gaúcho Gustavo Roratto que liderou a
BRASILEIRO DE MINICROSS Na tarde do sábado, após duas sessões de treinos e os devidos ajustes, os 34 pilotos com idades de 5 a 11 anos e motos monomarcha de até 55cc partiram para a 3a etapa do campeonato. Na bateria da categoria “A” o garotinho Enzo Lopes assumiu a ponta ao fechar a primeira volta e disparou rumo a quadriculada. O paranaense Gabriel dos Santos ficou em segundo e Guilherme da Costa, de São Paulo, terminou em terceiro. As categorias “B” e “C” largaram juntas. Na “B” os três primeiros lugares ficaram com pilotos de Chapecó: Treichel, seguido de Leonardo Neto e Jivago Rigo Filho. Treichel liderou o pelotão de ponta a ponta, seguido do líder da “C” Ricardo Jurça. Leonardo Neto andou em terceiro até a última volta quando caiu na sessão de costelas, perdendo a posição para o gaúcho Lucas Peuhs, segundo da “C”. O catarinense Rodrigo Montagna ficou em terceiro na “C”.
No domingo, a quarta etapa foi ainda pela manhã e confirmou os resultados do sábado. Na bateria da “A” nada de mudanças entre os três primeiros colocados Enzo, Gabriel e Guilherme, assim como ocorreu na “C” que teve Jurça à frente de Peuhs e Montagna. Na “B” mais uma vez vitória de Treichel, enquanto Leonardo abandonou após uma queda quando disputava a vice-liderança com o também catarinense Brayan Soares. Na segunda posição terminou Jivago Rigo e em terceiro o paranaense João Marcelo Coelho, resultados que definiram nessa ordem a classificação geral do fim de semana.
RIFFEL MX: consolidando o retorno Também no domingo aconteceram as largada das baterias do Riffel Motocross na remodelada pista de 1400 metros, que divide o espaço com o traçado utilizado pelos automóveis nas provas de velocidade na terra. Participando pela primeira vez este ano no Riffel MX, o piloto Milton Chumbinho que é daquela região e hoje detém 11 títulos nacionais, largou na classe MX3 e venceu, seguido de Alexandro Martins, líder do certame, mas que começou na última colocação e precisou fazer uma prova de recuperação. “Foi uma pena. Deixei o motor apagar na largada e aí não teve jeito. Queria ter tentado andar junto com o Chumbo, até porque estamos correndo juntos também no Brasileiro”, relatou Martins. Na MX2 Marronzinho manteve-se invicto ao comandar a bateria desde a largada, deixando a briga acontecer pela segunda colocação. No início Vandrigo Fabris, Luiz Zimermann, Anderson Cidade e Germano Vandrezen andaram embolados. Mas como era
És o 1º! Já a bateria da MX1 não foi boa para Marronzinho que chegou a Chapecó com aproveitamento total nessa categoria e na MX2. Ou melhor, não foi boa nem para ele e nem para o seu companheiro na equipe Suzuki/Petrobrás, o gaúcho Douglas Parise, vencedor da etapa de Chapecó em 2005. Depois dos dois dividirem a primeira curva, a volta inicial foi completada com Marron na frente, seguido de Djohny Aquino em segundo e Parise em terceiro. Porém a corrida terminou para Parise na volta seguinte com uma queda que lesionou o seu joelho direito, quando ele e o Djohny se chocaram na saída da curva da largada, com os motores de 450cc a plena aceleração. Djohny seguiu sem nada sofrer. Logo atrás Zimermann e Cidade repetiam o duelo da MX2, enquanto Martins buscava a aproximação para tentar entrar nessa briga. Porém na metade da prova, por volta dos 16 minutos, Marron que já tinha grande vantagem foi obrigado a abandonar sem a corrente de transmissão... Djohny, sem saber, assumiu a liderança da bateria e por mais que o seu pai tentasse repassar a informação na placa (És o 1º), essa não chegou ao destino! O mesmo aconteceu com Zimermann, Martins e Anderson, que travavam uma corrida a parte, e aos poucos se aproximavam do Djohny, mesmo sem saber que então ele era o líder. Quando a placa de última volta foi levantada pelo diretor de prova, os quatro andando juntos fez o público vibrar. Anderson que se aproveitou de erros de Zimermann e Martins, passou a pressionar Djohny que então fez o que devia para defender a sua posição. “Pela manhã eu vi fui rápido, sabia que podia chegar. Mas não acreditava chegar em primeiro. Eu achava que ser terceiro, segundo... estava bom para mim”, disse Djohny que dedicou essa vitória ao seu pai e chefe de equipe, o Tomáz.
Na intermediária Erivelto Nicoladelli e Erivaldo da Silva Jr., o Bileca, iniciaram a bateria lado a lado. Mas logo Nicoladelli tomou a frente e ditou o ritmo da prova. Bileca então passou os 15 minutos da prova seguido por Anísio Clasen. Thell Adur que no início ocupava a quarta colocação, perdeu o posto para os locais Rafael Chavier e Cássio de Lima. Já a classe destinada às motos nacionais foi liderada de ponta a ponta pelo piloto da casa Tiago Baú. Na largada Baú e Vitor Honnef, também piloto da região, botaram um ritmo muito acima da média. Porém Honnef não o manteve nas voltas seguintes, sobretudo quando teve furado o pneu traseiro da sua Tornado. Ramon França que vinha forte assumiu o segundo lugar e Luciano Miozzo o terceiro. Nos instantes finais um acidente envolvendo o piloto Sidnei Schaukauski obrigou o enceramento da bateria para o seu atendimento. Felizmente nada de grave. E como Tiago não pontua pelo Riffel, Ramom levou os 25 pontos, esquentando a corrida pela vice-liderança da classificação. Na 85cc Douglas dos Santos conseguiu repetir o feito do ano passado, quando na última volta superou Gabriel Gentil. Dessa vez, porém, foi um pouco antes. Gabriel liderou a bateria pelo maior número de voltas, mas no terço final o motor da sua CR começou a falhar e com a perda do desempenho ele não conseguiu segurar Douglas, que também dedicou a vitória a seu pai. Na 65cc alinharam 22 pilotos. Dada a largada foi Gustavo Roratto quem pulou na frente liderando o pelotão, seguido de Marcos Holtmann. Porém, após cerca de 15 minutos de prova poucas posições se alteraram entre os ponteiros, terminando Roratto em primeiro, com Holtmann em segundo e Talles Hess em terceiro. Holtmann e Hess lideram a classificação geral do campeonato, agora com quatro pontos a favor de Holtmann. Na 55cc 18 garotos voltaram à pista para mais uma largada. Diferente do Brasileiro, no Riffel MX não há subdivisão por idade. Maurício Treichel foi novamente o mais rápido, fechando o final de semana invicto com cinco vitórias nas baterias que disputou. Leonardo Neto, recuperado do susto tomado na bateria da manhã, acelerou forte e ficou em segundo, a frente de Lucas Peuhs. Rodrigo Montagna fechou a prova em quarto, Jivago Filho em quinto e Enzo Lopes em sexto. A quinta etapa do Riffel MX e a terceira e quarta etapas do Brasileiro de Minicross foi uma realização do Moto Clube Chapecó, em parceria com o Automóvel Clube e a supervisão da Federação Catarinense de Motociclismo – FCM. Classificação do Riffel Motocross após a 5ª etapa
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