Vitória de Santa Catarina no O piloto Pablo Ristov, de Timbó, manteve a invencibilidade na temporada 2002 da motovelocidade na terra com as duas vitórias conquistadas nesse final de semana em Witmarsum, na prova válida pela terceira edição do campeonato Sul-brasileiro de Velocross, e quarta etapa do Estadual. Pablo venceu de ponta a ponta a bateria única da classe 125cc e as duas da classe Força Livre Especial, nessa após uma acirrada disputada com o atual campeão Brás dos Santos, de Blumenau. Com os resultados, Pablo cumpriu a promessa que havia feito: presentear com dupla vitória o seu chefe de equipe Wilson Voss, que estava aniversariando no domingo. No sábado, 15, o bolo e as velinhas já haviam sido apagadas pelo município de Witmarsum que comemorava seus 40 anos de emancipação político-administrativa. Embora a festa tivesse programada para todo o final de semana, as motos só foram para a pista no domingo, pois a chuva que caia em toda a região só parou no sábado por volta das 11 da noite. Infelizmente, talvez tenha sido esse o motivo pelo qual muitos competidores dos vizinhos Rio Grande do Sul e do Paraná deixaram de comparecer. Por conta da boa drenagem feita no motódromo não ocorreram maiores problemas com a pista. Após os treinos das seis categorias que foram cronometrados num sistema que a FCM está testando, o traçado já começava apresentar condições para uma boa competição. Que vença o melhor Após as classificatórias da Nacional 180cc, a classe 125cc abriu oficialmente a competição. E na frente, da largada à quadriculada, a YZ nº 20 de Ristov. Alisson Fogaça chegou a perseguí-lo nas primeiras voltas, mas acabou tento que se contentar com a segunda colocação. O gaúcho Jonathan Carrer, de Santa Maria, vice-campeão do Sul Brasileiro do ano passado, ficou com a terceira colocação. As motos da categorias Street largaram na seqüência. Habilidade e uma certa dose de coragem e ousadia eram ingredientes necessários para pilotar naquela que é a mais veloz das pistas do Estado, Na Street 2T quem melhor soube tirar proveito das condições foi o garoto de 16 anos Enio Ronchi Júnior, de Luiz Alves, ficando a frente da disputa pela liderança que tinha ainda os pilotos Andrei de Souza, Luiz Carlos Duarte e Wandrei Niels. Com a vitória Enio - apelidado pelo locutor oficial da velô de "Rochy Balboa" (!?), assumiu a liderança do certame, enquanto Luciano Dalvesco, que liderava anteriormente, ficou com a sétima colocação na etapa. Na Street 4T a vitória foi de Geison Rosa que reforçou a sua vantagem na classificação geral. O mesmo fez Adilson Mistura, da Nacional 180cc, que após ter vencido a sua bateria classificatória, dominou também a final deixando as brigas para as outras colocações. Perguntado sobre qual o segredo para tal domínio, brincou. "Nenhum, a diferença está apenas naquela ‘peça’ que fica atrás do guidão!". Potência pra que te quero! Nas categorias Força Livre Nacional e Força Livre Especial, as únicas disputadas em duas baterias com somatório de pontos para a classificação final, a emoção foi total. A começar pela Nacional, uma classe onde o trabalho dos mecânicos na preparação e acerto da motocicleta é fundamental para o bom o desempenho na pista. A vitória nas duas baterias foi do piloto Silvio Alchini, de Guaramirim, a bordo da sua ‘fuçada’ Honda XLX 350. O gaúcho Rafael Bertagnoli, que correu ostentando o número um conquistado no ano passado, até foi bem no início. Ele largou na frente com sua Yamaha DT 200 – e diga-se de passagem um canhão, com funcionamento e ronco do motor de fazer inveja a muita cross importada!, mas sucumbiu diante da potência da quatro tempos de Alchini na subida da reta principal logo na segunda volta. Embora o gaúcho tenha conseguido dar o troco várias vezes na sequência de curvas do miolo da pista, vinham as retas e ... tchau. Denísio Nascimento, de Brusque, terceiro colocado no geral com uma Honda Falcon, também tirou a diferença e ultrapassou Bertagnoli nas retas. A briga dos dois na primeira bateria só terminou quando o gaúcho passou do ponto de frenagem na reta oposta e caiu na curva em descida que faz a junção com a reta principal. E que tombo! No somatório dos pontos ele ficou com a sexta colocação. Completaram o pódio os catarinenses Luciano de Oliveira, em segundo, Wagner Gervásio em quarto e o gaúcho Fabrício Ramazzini, na quinta colocação. Na Força Livre Especial, Pablo repetiu a conquista da 125cc. Contudo, é claro, tendo Fabiano "Tilico" Barg, de Brusque e Brás dos Santos como adversários diretos, a vitória não foi tão fácil assim. Na primeira das baterias o piloto de Timbó largou na frente e abriu, mantendo uma diferença em torno de seis segundos para Brás que vinha em seguida. Faltando duas voltas para a bandeirada, a vantagem desapareceu e Pablo teve que tirar coelhos da cartola para não deixar o concorrente passar. Motivo? "Não sei, tive a impressão que a moto perdeu rendimento momentaneamente, foi estranho", disse. Na final, aí sim, o cenário mudou bastante. A essa altura até uns raios de sol se atreviam aparecer e a pista já estava com uma boa aderência. E com isso, foi interessante ver Brasinho passando Pablo ainda na primeira volta. Tilico que também fez boa largada, logo parou com problemas na moto. Mas enquanto ele tentava levar sua Yamaha até os boxes, todas as atenções estavam voltadas para o pega que valia a liderança da bateria e a vitória geral da etapa. Com os dois correndo com motos iguais – Honda CR 250cc, Brás e Pablo se revezaram várias vezes na dianteira: enquanto o blumenauense era melhor na curva após a reta principal, o representante de Timbó era mais rápido nas curvas do miolo e da junção. Mas isso até os 10 minutos de prova. "Faltou força", disse Brás, que não conseguiu manter o ritmo até o final. Outro pega bom foi travado pela terceira colocação entre Roni Friese que pilotava uma Honda 125cc, e Alisson Fogaça, que acelerava uma 250cc. No geral, vantagem de Fogaça. Próximas etapas Os pilotos voltam a se encontrar para a disputa do Campeonato Catarinense nos dias 29 e 30 de junho em Papanduva, no norte do Estado, com a realização da 1ª Velofesta. Já a continuidade do Sul-brasileiro ainda não tem data definida. Segundo Onílio Cidade Filho, o Kiko, presidente da FCM, uma reunião que deve ser feita com as três federações vai decidir o futuro da competição. Se não for possível a realização de mais etapas, ficaram valendo os resultados dessa etapa de Witmarsum. No ano passado foram três etapas, uma em cada Estado do Sul. Veja como ficou o resultado final da prova. |
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