Massoud, Roosevelt, Zenni, Cássio
e Douglas
são os campeões brasileiros de motocross
Colaboração: Assessoria de Comunicação –
CBM
Massoud
Nassar (Honda/ Móbil/ Bieffe/ Zelão), na 250cc; Roosevelt Assunção (Honda
/Mobil/ VW/Renthal), na 125cc; Rafael Zenni (Honda/Schinrariol), na 80cc;
Cássio Garcia (Honda/Dimasa/Posto Irmão da Estrada), na Open; e Douglas
Ricardo (Asw/Castrol/Lupper/Pirelli), na 60cc, são os campeões brasileiros
de motocross de 2.002. Neste domingo (11/08), foi disputada última etapa
da competição, no Centro Educacional de Trânsito da Honda, em Indaiatuba,
São Paulo. Pegas eletrizantes, disputas acirradas, manobras radicais,
publico vibrante e muito choro incontido, marcaram as definições dos melhores
pilotos da temporada. A emoção embalada pelo arrojo, pela destreza e,
sobretudo, pela coragem dos competidores.
Antecipação
Duas
categorias, a de 60cc e Open, já tinham campeões antecipados. Mesmo assim
Douglas Ricardo, confirmando ser hoje uma das mais gratas revelações do
motocross nacional, voltou a mostrar uma grande performance e encerrou
a temporada com mais uma vitória em 2.002. O destaque desta categoria
foi a presença da segunda mulher a disputar o Brasileiro de Motocross,
seguindo o exemplo de Mariana Balbi (Honda/Ladro) que disputou toda a
competição e terminou em 10º lugar com 32 pontos. A paulista Bárbara Fernandes,
de 12 anos, correu apenas a etapa final e ficou com a 21º colocação. O
assédio da imprensa a motivou a continuar a correr no próximo ano. “Acho
que irei fazer isto”, limitou-se a comentar. Na Open, Cássio Garcia, não
correu, em recuperação da epidemia de dengue. Wellington Valadares venceu
a etapa.
“É
o meu segundo título brasileiro na categoria. Estou muito feliz. Agora
começo a pensar na 80cc no próximo ano. Fecho o ano com chave de ouro”,
desabafou Douglas Ricardo, o campeão brasileiro.
Tensão
Nas
demais categorias, o clima de disputa foi de muita tensão. Na 80cc, Rafael
Zenni foi o campeão apesar de não vencer. Ele chegou em terceiro, posição
suficiente para lhe assegurar o título. Renan Buniy (Yamaha/Golfo/Zelão),
que também estava no páreo e chegou em segundo, precisava da vitória para
superar Zenni. Leandro Nunes da Silva (Protork/Karekas/Fox), venceu a
bateria. “Um título conquistado nos alegra bastante. No próximo ano estarei
estreando na 125cc. Espero repeti-lo novamente” afirmou Zenni.
Na
125cc, Roosevelt Assunção e Ismael Maia (Yamaha), protagonizaram um grande
duelo durante toda a disputa. Ponto para Roosevelt que alternou na liderança
com Ismael e conseguiu se distanciar dele na metade da prova e vence-la.
Ismael é o vice-campeão brasileiro.
“Esta
etapa final foi muito difícil e sacrificante. Comecei com quatro vitórias
e tive problemas no braço, por uma carga excessiva de treinamentos. Isto
me deixou parado dois meses. Recebi alta do meu médico e voltei a treinar
na semana que antecedeu a disputa e venci e conquistei o título”, destacou
Roosevelt.Ele revelou ainda que chegou a ter problemas na prova final.
“Larguei em terceiro, mantive uma boa tocada, errei uma vez e o Ismael
me ultrapassou. Reagi e consegui supera-lo novamente e confirmar o título
brasileiro”, acrescentou.
Toque
Já
na 250cc, adrenalina total na disputa. Massoud venceu, mas teve que brigar
muito com Jorge Balbi Júnior (Honda/Ladro/Asw/Recreio) pela vitória. Um
toque numa curva entre os dois foi decisivo para Massoud ficar com o título.
Balbi caiu e teve problemas com a embreagem de sua moto. Ele ficou com
a vice-liderança do campeonato brasileiro. Paulo Stédile (Yamaha/Tork/Riffel),
que também estava na disputa, teve problemas com retardatário e ficou
um pouco atrás do pelotão da frente. Mesmo assim fez uma brilhante corrida
de recuperação e chegou em quinto lugar. Detalhe: ele correu com uma forte
luxação no seu ombro direito.
“Andei
de forma regular durante todo o ano. Pela forma como se encaminhou a disputa
do título da 250cc até esta etapa final fica muito difícil apontar quem
foi o melhor. Fiz a minha parte. O Balbi vinha vencendo a prova e aconteceu
uma coisa chata. Toquei nele, ele caiu, mas a situação foi involuntária,
própria de uma disputa acirrada. Agora é comemorar o título”, disse Massoud.
Open
A
final da Open não poderia ser melhor. Sem Cássio Garcia (Honda/Dimasa/Posto
Irmão da Estrada), campeão por antecipação da categoria e que ficou de
fora se recuperando de dengue, Wellington Valadares (Riffel/Ama/Scott),
conseguiu confirmar o seu segundo lugar ao vencer a última etapa do campeonato.
Sua situação não foi fácil. Ele travou um duelo sensacional com Ricardo
Raspa (Honda/Móbil/Pirelli/Fox) e a corrida só foi decidida na última
volta. Antes, Marco Muller (Jet up/Mitas Pneus), chegou a liderar a corrida,
beneficiado por um erro de Wellington. Ele também errou e permitiu que
Raspa e Valadares protagonizassem um boa briga pela primeira posição.
“Foi
uma prova difícil. Tanto eu como o Raspa revezamos na frente durante toda
a corrida e só consegui reagir e assumir a liderança na última volta”,
comemorou Valadares. Foi difícil ficar de fora desta corrida.Vim a Indaiatuba
atendendo a compromissos com patrocinadores.”, afirmou o campeão brasileiro
da atual temporada, Cássio Garcia, bastante saudado pelo público que compareceu
ao motódromo da Honda.
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