Os pilotos brasileiros Sérgio Henrique Klaumann, Sérgio Augusto Klaumann e Gregório Caselani, que formam a HAG ISDE TEAM, irão disputar no Chile a 82ª edição do ISDE, International Six Days Enduro, entre 12 e 17 de novembro de 2007, em La Serena. A competição é uma espécie de Copa do Mundo da modalidade, dividida em seis dias de dura competição, totalizando 1.250 quilômetros de trilhas e pistas especiais.
Ao todo serão 521 pilotos de 30 países, divididos em 20 times que disputarão o Troféu Mundial, 15 na disputa do Troféu Júnior, 5 equipes na disputa do Troféu Feminino, 104 equipes de motoclubes e 20 pilotos individuais.
A HAG ISDE TEAM sai do Brasil com um furgão e um caminhão pequeno, cinco motos, quatro Husqvarna TE 510, duas para competição e duas para apoio (mochileiro) e uma Honda CRF 250. Ao chegarem lá, a pretensão é unir as forças de todos os brasileiros e montar uma estrutura ainda melhor. Na parte de apoio a equipe conta com Ivan Anton (mecânico), Leontino Kalbusch Neto (apoio), Adriano Wiguers (apoio), Leomar Milczewsky (apoio), Amaury Olsen (mochileiro) e Sérgio Klaumann – Paizão (mochileiro).
Conheça os pilotos HAG ISDE TEAM.
SÉRGIO HENRIQUE KLAUMANN - IKE
Sérgio Henrique Klaumann, popularmente conhecido como Ike, nasceu em março de 1987 na cidade de Rio Negrinho, em Santa Cataria, onde reside até hoje com seus pais. Seu interesse pelo motociclismo surgiu aos 4 anos, mas em competições iniciou somente aos 14. Ike dono de vários títulos catarinenses e brasileiros tem como sua principal conquista o bicampeonato Brasileiro de Enduro na categoria A (2005/2006). Na atual temporada do Brasileiro de Enduro, Ike terminou com a terceira colocação na sua estréia na categoria B. Entre as suas experiências mais marcantes Ike destaca a participação no Mundial de Enduro nesse ano. No Six Days o piloto de 20 anos vai competir na categoria E3, com uma Husqvarna TE 510 e com patrocínio da Seka, M3, H-Parts, ASW, Mr-Pro, A Fregeri e Motorex.
TOPO - Como foi a experiência de participar do mundial de enduro?
IKE KLAUMANN - Foi uma grande experiência, pena não ter conseguido melhores resultados, pois minha pilotagem não rendeu muito lá fora por não estar acostumado com a moto e com as condições das provas. Poderia ter andado bem mais, mas valeu a pena. Agora para o seis dias me sinto bem mais confiante, e vou andar com a minha moto, isso é um fator muito positivo e também me sinto melhor preparado fisicamente.
TOPO - Se fosse auto definir, que tipo de pilotagem é a tua?
IKE - Acho que sou um piloto seguro, arrisco bastante, mas só quando vejo que vai dar certo, às vezes não dá, mais faz parte do esporte (risos). Evito principalmente me machucar, pois não tenho paciência para esperar a recuperação total.
TOPO - Qual a avaliação que você faz sobre a atual temporada?
IKE - Foi uma temporada muito boa, a categoria B do Brasileiro teve boas disputas durante o ano, e em algumas a briga era segundo a segundo, mas tive azar em três etapas, duas tive problemas com a moto e na outra por descuido, passei adiantado em um CH e fui penalizado. No catarinense venci todas as etapas, foi um bom campeonato, pena não poder participar das últimas, pois irão bater com as datas da viajem para o seis dias.
TOPO - O que você prefere sol ou chuva na prova?
IKE - Depende do terreno, mas prefiro que esteja nem muito seco nem muito molhado.
TOPO - Como foi o seu ritmo de treinamento para o ISDE?
IKE – Trabalhei a parte física em academia, com trabalho de musculação e aeróbico, e fora bike e treinos com a moto.
TOPO - Quais são suas expectativas para o ISDE?
IKE - Primeiramente quero terminar a prova, e é claro brigar por algumas posições (risos)
SÉRGIO AUGUSTO KLAUMANN - GUTO
Também nascido em Rio Negrinho, mas em fevereiro de 1985, Sérgio Augusto Klaumann tem como sua principal façanha dois vice-campeonato na categoria A do Brasileiro de Enduro (2003/2006), fora os títulos catarinenses conquistados na modalidade e no cross country. Assim como o irmão, Guto vai competir na categoria E3 no Six Days 2007 com uma Husqvarna TE 510 e com patrocínio da Seka, M3, Mr-Pro e Acerbis.
TOPO - Há quantos anos pratica o esporte?
GUTO - Comecei bem cedo, aos 6 anos de idade eu e meu irmão ganhamos do meu pai a primeira moto. Nos finais de semana quando ele saia fazer trilha aqui pela região ficávamos em casa brincando. Em 2002 estava na praia quando meu irmão Ike falou que queria ir em uma corrida de cross country na cidade de Gaspar meu pai topou fomos pra lá ver como que era. Nessa corrida fiquei em terceiro e o Ike em oitavo. Meu pai também correu e ficou em segundo foi ai que decidimos fazer todo o campeonato, pegamos gosto pela coisa e não paramos mais. Hoje formamos uma grande família dentro do esporte e isso é muito legal. Entre todos os grandes pilotos, para mim o melhor é Sérgio Klaumann, o meu pai.
TOPO - Se fosse auto definir, que tipo de pilotagem é a tua?
GUTO - Bom não sou um piloto muito técnico. Procuro sempre andar bem posicionado sobre a moto, mas nem sempre consigo. Minha pilotagem é bem diferente da do meu irmão ele é muito técnico e rápido, eu já não tenho muita técnica e sou mais lento.
TOPO - Qual a avaliação que você faz sobre a atual temporada?
GUTO - Este ano a temporada foi bem legal. O Campeonato Brasileiro foi muito disputado e o legal foi que esse ano nós tivemos mais pessoas representado Santa Catarina na competição. Cada erro nas especiais de enduro pode custar uma posição, e isso que é legal deixa as provas mais emocionantes.
TOPO - O que você prefere sol ou chuva na prova?
GUTO - Gosto muito de andar no sol, mas como todo piloto que começou fazendo trilha, sempre fica esperando que chova na sexta para sair no sábado e andar no terreno molhado. Gosto de andar a baixo de chuva também. Tem um ditado que diz “lama é suja, mas lava a alma” acho que isso é a mais pura realidade. Em uma prova andar com sol é muito melhor do que com chuva, mas pra me divertir mesmo prefiro a chuva.
TOPO - Como foi o seu ritmo de treinamento para o ISDE?
GUTO – Na verdade, não treinei muito. Estava bem ocupado com o meu trabalho de Conclusão de Curso que precisava terminar e apresentar antes de ir para o Chile e isso tomou um pouco do meu tempo (risos).
TOPO - Quais são suas expectativas para o ISDE?
GUTO - Pelo que estive vendo parece ser uma prova bem completa com todos os tipos de terreno e dificuldade, acho que vai ser bem legal.
GREGÓRIO CASELANI
Convidado pelos irmãos Klaumann, o gaúcho, nascido e residente em Caxias do Sul, Gregório Caselani. O piloto de 20 anos e atual campeão brasileiro de enduro na categoria A, vai competir na classe E1, com a sua Honda CRF 250cc. “Cabe lembrar que fui o primeiro gaúcho a ser campeão brasileiro de enduro. Conquista que tenho a agradecer aos meus pais, minha namorada, meus amigos e meus patrocinadores por me darem todo o apoio e acreditarem em mim”, disse. Patrocinado pela Impacto Motos, Transpanex, M3 Racing e Bell’s calculadoras, Caselani já pensa além do Six Days. “Ano que vem provavelmente vou fazer o Brasileiro de Cross Country e o Gaúcho de Enduro”, contou.
TOPO - Há quantos anos pratica esse esporte?
CASELANI - Meu pai me deu a primeira moto com 3 anos, mas nunca andei muito. Comecei a andar um pouco mais em 2001 e daí para frente não quis mais parar
TOPO - Se fosse auto definir, que tipo de pilotagem é a tua?
CASELANI - Não sei como me auto definir.
TOPO - Qual a avaliação que você faz sobre a atual temporada?
CASELANI - Foi ótima, consegui o título do brasileiro de enduro e o bi-campeonato no gaúcho. E felizmente não sofri nenhum arranhão em toda a temporada!
TOPO - O que você prefere sol ou chuva na prova?
CASELANI - Sol, sol, sol. Chuva nem pensar. Gosto de andar em terreno seco.
TOPO - Como foi o seu ritmo de treinamento para o ISDE?
CASELANI - Vinha fazendo academia três vezes por semana e fazia treinos com a moto uma vez por semana.
TOPO - Quais são suas expectativas para o ISDE?
CASELANI - Espero conseguir uma medalha de prata.
Mais informações sobre a prova
19/11/07 Éder e Valdecir fazem a avaliação inicial do ISDE e do desempenho dos catarinenses
14/11/07 2º dia ISDE - Pilotos brasileiros continuam a lutar no ISDE 2007