Federação Catarinense de Motociclismo

Pilotos catarinenses vencem em três categorias
na abertura do Brasileiro MX
Texto: Gerson Coas - Reportagem FCM - Fotos: Maurício Arruda - Moto X

Largada categoria MX1

Marronzinho venceu a MX1

Chumbinho continua dominando a MX3

Cristopher "Pipo" Castro ficou em sexto na MX1

Um pódio de respeito: Marron (c), Leandro (esq) e Wellington (dir)

Além da vitória, Marron foi o mais rápido da bateria

Se a comemoração dos catarinenses já havia sido grande no sábado, 8, primeiro dia da etapa de abertura do Brasileiro Motocross, no domingo a festa foi ainda maior em Indaiatuba – SP, após a vitória arrebatadora de João Marronzinho Júnior na categoria MX1, a principal da competição.

 Com esse resultado Marronzinho deu o primeiro passo para retomar o título do campeonato, vencido por ele em 2005 e 2006. “Todos da minha equipe e patrocinadores merecem a conquista. Mas essa vitória tem 70% de participação do meu pai, e é a ele a quem eu a dedico. Mas não quero parar por aí. Vou manter ou até intensificar os meus treinamentos. Com certeza vi que o meu trabalho está dando certo, pois é muito próximo do que fizemos nos dois anos das conquistas dos títulos do Brasileiro. Não temos dúvida que esse é o melhor caminho”, falou Marronzinho Júnior.

 “Acho que festejamos essa vitória até mais do que as conquistas dos títulos. Fizemos um trabalho com a cabeça no lugar. Medimos a febre com os tempos de todos os pilotos e sabíamos qual o tipo de corrida que deveria ser feita”, relatou Marron pai.

 Vale lembrar que no sábado seis catarinenses já tinham subido no pódio. Na MX3 foram as três primeiras colocações com Milton Chumbinho, o seu irmão Elton Becker e Alexandro Martins, respectivamente. Chumbo liderou a bateria de ponta a ponta, seguido por Elton. “Minha maior alegria é ver meu irmão de volta às pistas e, principalmente, poder duelar com ele nas primeiras posições como fizemos também no domingo passado no Campeonato Catarinense”, finalizou.

 Na 65cc a segunda e terceira colocações com Rodrigo Riffel e Hallex Dalfovo, enquanto na nova categoria CRF 230 o chapecoense Lucas Araújo foi o campeão da tarde, bastante ensolarada e de forte calor, na casa dos 30 graus.

 Também pontuaram os pilotos Erivelto Nicoladelli (oitavo) na MX3, Maurício Treichel (sétimo) e Matheus de Oliveira (14º) na 65cc, e ainda Leandro Lima (sétimo) e Eduardo de Lavi (11º) na CRF 230.

 No total a abertura do Brasileiro MX 2008, realizada na pista do Centro Educacional de Trânsito da Honda, somou o número recorde de 428 pilotos, sendo 28 deles filiados a Federação Catarinense de Motociclismo - FCM.

 O segundo dia da festa

 Com o novo formato de disputa, as classes MX1, MX2 e MXJr só entraram na pista no domingo. Na MXJr Anderson Cidade que ficou em sexto e Gabriel Gentil em oitavo foram os dois pilotos de Santa Catarina que pontuaram na etapa. A vitória foi de Thales Vilardi.

 Na MX2 nenhum dos pilotos filiados a FCM entrou na zona de pontuação. O melhor desempenho foi obtido por Tiago Hort, 19º colocado. O paulista Marcello Lima foi o ganhador.

 Mas para lavar a alma, na MX1, além de Marron, Pipo Castro ficou em sexto e Chumbo agora também correndo na categoria principal, em 11º. Pipo que não prioriza a motocross nacional em detrimento às competições das pistas curtas, como o Arena Cross e o Supercross, ficou satisfeito com o resultado. “A prova foi muito disputada e com o nível muito alto. Recuperei algumas colocações durante os primeiros minutos e depois andei num bom ritmo”, comentou.

 

Confira agora as impressões de João Marronzinho sobre esse primeiro confronto do Brasileiro MX 2008

 A preparação

 “Lembro na semana passada, quando eu falei lá na abertura do Riffel Motocross que eu estava com muita vontade de vencer. Estou me sentindo preparado, mais confiante com o meu preparo físico e entrosado com a moto. Vim trabalhando desde o segundo dia do ano. Se essa etapa tivesse sido feita em 1º de fevereiro eu estaria preparado. Nem se compara ao ano passado, quando peguei a moto a poucos dias da abertura. Naquela vez eu estava só treinando com a 250cc e quando subi na 450cc tínhamos tudo pela frente.

 Agora foi muito bem diferente. Treino direto, sério, buscando o preparo. A minha pista faz muitos buracos e tem três tipos de terreno. Uma parte é arenosa, a outra é dura e a terceira e dura e com pedras. Então isso ajuda muito para o tipo de pista e situação que vier”.

 A largada na nona colocação

 “Na largada errei a marcha! A terceira não entrava e deixei que eles escapassem. Mesmo assim lá em cima eu cheguei bem e poderia ter feito a curva em quarto ou quinto. Mas o Jeanzinho (Ramos) e mais um piloto me afunilaram e aí veio a lembrança do acidente no supercross. Tirei a mão e acabei os deixando seguir. Saí mais atrás, mas com segurança”.

 Sentindo a corrida

 “Tive bastante sorte, não errei um momento sequer. Andei determinado, sem me deixar levar pela emoção e procurei manter o meu ritmo.

Sabia que muitos dos que estavam ali na minha frente não teriam o mesmo pique até o final. O calor estava muito intenso. Em cada concorrente que chegava eu analisava e passava sem arriscar, sem bater neles”.

 O momento do bote

 “Foi quando eu cheguei no Wellington (Garcia) e no Leandro (Silva).  Até uns 20 min os ponteiros sempre estavam com uma reta de vantagem. Aos 25min quando vi o Wellington na minha frente, percebi que aquela era a hora e apertei o ritmo. Quando eu passei pelo Wellington, quase passei o Leandro também na aproximação da curva. Mas pensei e segui mais uma volta atrás dele para então passar”.

 Sobre a temporada

“Tenho a experiência para administrar e tentar retomar esse título”.


 
 
 
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