Federação Catarinense de Motociclismo


  Brasil estréia bem no Six Days
Colaboração Assessoria de Comunicação CBM

 

Jablonèc Nad Nisou, República Tcheca – (Fabiano Godoy e Carlãozinho Coachman) – O Brasil terminou o primeiro dia do Six Days em 13º lugar no geral. O frio de zero grau e a dificuldade de se comunicar com os checos pararam de ser os maiores obstáculos do Six Days 2002. No primeiro dia de prova, o que começou a preocupar foi o alto nível técnico das trilhas e o excelente preparo físico dos times europeus. Nas florestas da região, os finlandeses Mika Ahola e Juha Salminen defenderam a bandeira de seu país contra o italiano Ivan Boano, a lenda australiana Stefan Merriman e o sueco Richard Larsson. "Eles andaram muito. Com certeza são os melhores times do Six Days. O que os favorece é o preparo físico e o costume com o clima e o tipo de terreno", comentou Alexandre Fernandez, piloto da seleção brasileira.

A equipe brasileira fechou o dia como havia programado. Todos os pilotos completaram a prova, inclusive Luís Felipe Bastos, que está com lesão em um dos pulsos e acabou tomando um tombo por ter um parafuso do freio dianteiro da moto solto. "Foi difícil, mas consegui chegar ao fim. A trilha exigiu demais e o frio fez a dor piorar. Mas, o importante é completar a prova, para a seleção chegar bem classificada ao final dos seis dias", diz Luís Felipe.

O novato Pélmio Simões, ao contrário que muitos esperavam, teve um bom dia mesmo caindo duas vezes, ambas sem se machucar. "O nível das trilhas é muito forte e bem diferente do Brasil. Andei sem arriscar, para completar o dia. Amanhã vai ser mais fácil, o percurso é o mesmo e consegui decorar boa parte", explica Pélmio.

Alexandre Fernandez e Márcio Joanita também não caíram, mas foram penalizados como todos os pilotos da seleção brasileira. "O problema é o tempo de deslocamento, está muito apertado. É difícil não ser penalizado. Ontem à noite, depois da reunião do júri, é provável que isto mude. Parece que noventa por cento dos pilotos sofreram penalizações por tempo", comenta Joanita.

Trilha

Muito diferente dos anos anteriores, o Six Days da República Checa tem 70% do seu percurso percorrido por asfalto. Os deslocamentos são grandes e por dentro de cidades, passando pelo quintal de casas abandonadas e pequenas vilas. As provas especiais foram muito boas, abusando do nível técnico dos pilotos. "A trilha tem muita cava. É difícil encaixar as duas rodas da moto no mesmo trilho. A maioria dos pilotos de ponta andam a maior parte do tempo com a roda dianteira no ar, isto facilita a tocada neste tipo de terreno", diz Alexandre Fernandez.

Brasil

A equipe brasileira terminou o dia bem, apesar dos problemas que aconteceram logo cedo. Luis Felipe caiu forte graças a uma falha na montagem de sua moto. O disco de freio dianteiro soltou, travando a roda e provocando a queda, o que acabou por machucar o pulso esquerdo do piloto mineiro. Luis Felipe terminou o dia no sacrifício, com dor e com bastante atraso, mas segue na prova. Nosso melhor piloto nas especiais foi Bernardo Magalhães, mas quem terminou o dia com menos atraso nos postos de controle foi Pélmio Simões. Como nossos pilotos já haviam previsto, a grande quantidade de motos transformou o terreno macio e úmido da República Tcheca numa enorme seqüência de buracos e costelas. Marcio Nascimento, o “Joanita”, deixou clara a situação quando falou: “Foi duro e cansativo, mas é só o primeiro dia.”Alexandre Fernandes, o “Taxinha” terminou o dia satisfeito com seu desempenho, pois já sabia que não seria nada fácil: Terminei o dia atrasado, mas parece que até os ponteiros tiveram problemas com o tempo então, vamos ver como vai ficar.” Felipe Zanol sofreu muito com o frio, mas conseguiu se manter como o segundo melhor piloto brasileiro, só ficando atrás de Bê. “Não é fácil acompanhar o ritmo do Bê aqui, pois as especiais são mais no estilo motocross. No Brasil temos feito mais especiais em trilhas, quando conseguimos andar na frente dele. Tomara que o Luis Felipe consiga se recuperar, pois ele nos deu um susto hoje com o tombo.”Amanhã a prova segue pelo mesmo percurso, deixando para os dias nº 3 e 4 os piores caminhos e as especiais mais loucas”.


 
 
 
FCM

Federação Catarinense de Motociclismo

Rua Comandante José Ricardo Nunes, 79
Capoeiras - Florianópolis - SC - 88070-220
Fone: (48) 3248-1950 Fax: 3348-8681
Email: fcm.sec@gmail.com

2001-2019 Todos os direitos reservados - Proibida reprodução do conteúdo sem autorização.