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Six Days chega ao
seu fim.
Próxima edição será no Brasil
Fotos: Fabiano Godoy e Carlãozinho Coachman
Texto: Carlão Coachmann
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Bernardo Magalhães |
Márcio Joanita |
Jablonèc
Nad Nisou, República Tcheca – A 77ª edição do International Six Days
Enduro finalmente chega ao seu final. O sexto dia de prova não ofereceu
maiores desafios, já que os pilotos fizeram uma volta de apenas 70 km
para depois participarem da prova especial de motocross. As quase trezentas
motos que chegaram ao final, das 600 que largaram, foram divididas em
grupos de 40 motos, separados por cilindrada. Praticamente todas as categorias
e títulos em disputa estavam definidos. Apenas a categoria 400 4T ainda
não conhecia seu campeão. A próxima edição da competição será disputada
no próximo ano, em Fortaleza, Ceará.
Depois
de completados 5 dias de competição, a diferença que separava o inglês
Paul Edmondson do finlandês Juha Salminen era de apenas 3 segundos, assim
tudo se resolveria nos últimos 15 km de especial. Edmondson ainda saiu
na frente, mas um tombo abriu as portas para mais uma vitória de Salminen,
justo ele que já se sagrou campeão mundial nesta temporada.
A
equipe brasileira ainda passou por dois sustos antes da prova acabar.
Primeiro Felipe Zanol que não largou quando o “gate” caiu. O cabo do acelerador
de sua moto soltou dentro do carburador, obrigando Zanol a fazer um rápido
reparo, perdendo assim praticamente três voltas da especial de cross.
Isso não alterou o resultado final de Felipe, mas deixou o jovem mineiro
chateado: “Eu estava muito motivado para esta bateria final. Não largar
e ver todo mundo ir embora foi frustrante, mas, terminei mais um Six Days”.
O
outro susto quem deu foi Márcio Joanita, que depois de uma boa largada
em sua bateria, caiu quando ocupava a sexta posição. A moto demorou a
pegar e Joanita partiu da última colocação para uma bela prova de recuperação:
“Acabei tocando com outro piloto e acabei caindo. Foi uma pena, pois consegui
uma boa posição na largada. Depois do meu segundo Six Days, preciso repensar
minha carreira. Teremos esta prova maravilhosa no Brasil no próximo ano,
mas não sei se continuo correndo depois dela”.
Alexandre
Taxinha fez uma prova tranqüila, já que o joelho machucado no terceiro
dia ainda doía bastante: “Não foi fácil, mas consegui terminar a prova.
Depois de machucar o joelho, terminar era a única coisa que eu queria”.Bernardo
Magalhães andou de forma brilhante durante todos os dias, mas deixou a
medalha de ouro escapar. Bê ficou a apenas 1 minuto e 30 segundos dela.
(a medalha de ouro é entregue a todos os pilotos que terminam o Six Days
com até 10% a mais no tempo do que o vencedor em sua categoria): “Terminar
o Six Days é sempre uma vitória. Claro que eu queria a medalha de ouro,
mas as condições dos 3º e 4º dias não permitiram. A equipe não ter completado
a prova também me frustrou, mas agora precisamos começar cedo o trabalho
para a prova que será realizada no Brasil no ano que vem”.
Samuli Aro, campeão na categoria 250 cc |
Dificuldades no Six Days |
Luis
Felipe Bastos, que foi forçado a abandonar no 3º dia por causa de um tombo
sofrido ainda no 1º dia, estava sentido: “Dói mais ter que assistir de
fora do que a mão e o corpo machucados. Vou começar tudo novamente, pensando
em Fortaleza”.
O
resultado final do International Six Days Enduro da República Tcheca ainda
está sendo revisto, mas a categoria troféu não irá mudar, ao menos nas
primeiras posições. A equipe vencedora foi a favorita Finlândia, que havia
fracassado nas duas últimas edições, mas que desta vez não deixou dúvidas
sobre quem tem a supremacia do enduro mundial. Em 2º ficou a Suécia seguida
pela França, campeã do ano passado, Inglaterra e Itália. O Brasil, apesar
da desclassificação de dois de seus pilotos, ainda aparece na 15ª posição.
O campeão da geral, pela terceira vez consecutiva, foi o finlandês Mika
Ahola, que pilota uma motocicleta VOR. Os campeões das categorias foram:
125 2T – Stefan Merriman – Austrália
250 2T – Samuli Aro – Finlândia
250 4T – David Fretigne – França
400 4T – Juha Salminem – Finlândia
500 4T – Mika Ahola – Finlandia
No
troféu júnior, mais uma vitória da França, seguida pelo surpreendente
time de Portugal.
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