Federação Catarinense de Motociclismo





São José... da Terra Firme...
ou do motociclismo?

Foto: Gerson Coas/FCM
 

Galeria completa da etapa de São José, com mais de 90 fotos.


Vista área da pista de São José

O município de São José foi durante o ano de 2002 um dos grandes incentivadores do motociclismo catarinense. Em março o município foi a sede para as duas etapas que abriram o campeonato estadual de supercross. Em setembro São José voltou a ser o centro das atenções com a realização do brasileiro de supercross – a Copa Pelé Pró. E quase no encerramento da temporada, foi a vez do motocross catarinense montar o seu “circo” naquela cidade.

 


Ouça o discusso do prefeito Dário Berguer.

Projeto do complexo esportivo, o início

Foi ainda no primeiro semestre desse ano que iniciaram as conversas entre a Prefeitura de São José, leia-se Prefeito Dário Berguer, Secretário da Receita e presidente da Fundação Municipal de Esportes, Carlos Arcelino Pereira, com o presidente da FCM, Onílio Cidade Filho, envolvendo a construção de um complexo esportivo, no qual estaria inserido no projeto o desenvolvimento de um motódromo com uma pista de motocross, que possibilitasse receber eventos de grande porte. Não demorou muito para que as idéias saíssem do papel, começassem a ser postas em prática, e pelo menos uma das fases do trabalho fosse concluída.

Recuperar uma área que um dia já foi um depósito de lixo e no local colocar uma pista de motocross capaz de despertar o interesse dos mais experientes competidores foi o trabalho do construtor Fernando Dal Mas, que nesse ano já havia cumprido com sucesso a tarefa de desenvolver as pistas do Campeonato Brasileiro da modalidade. O resultado da obra de arte, localizada no bairro Potecas, em São José, na Grande Florianópolis, pode ser conferida no primeiro final de semana de novembro, na prova válida pela nona etapa do Campeonato Catarinense.


Largada categorias 125cc e 250cc

Marcos Cordeiro #15, cat. 250cc e Rossevelt Assunção, cat. 125cc

Hora de experimentar

E para inaugurar o traçado esculpido no solo com cerca de 1.500 metros de extensão, largura de 10 a 12 metros, saltos em saídas de curva, outros em velocidade, em subidas, descidas, etc., lá estiveram alguns convidados como o atual campeão brasileiro de motocross e supercross Roosevelt de Assunção Jr., Paulo Stédile e os irmãos roedores Marcelo “Ratinho” (80cc) e Eduardo “Camundongo” Lima (60cc), além da maioria dos fiéis pilotos que disputam o estadual e buscavam melhorar na classificação ou até conquistar o título por antecipação, tarefa conseguida por Marcos Cordeiro na classe 250cc, por Sandro Silveira na Máster e pelo garotinho Lucas Rodrigo da Silva, da minimotos 50cc. No total foram 123 inscritos para a etapa.

Logo após o warm-up, Roosevelt comentou que o traçado era muito rápido e que não apresentava maiores dificuldades, sugerindo para futuras modificações, a inclusão de mais alguns saltos para deixa-la completa.

Com as 27 motos das classes 125cc e 250cc largando juntas, comparações entre pilotos e equipamentos foram inevitáveis. Melhor ainda porquê além da classe 125cc ter sido a mais competitiva durante toda a temporada do Estadual, Roosevelt e Stédile – que normalmente corre de 250cc, engrossavam o caldo dos pilotos da categoria oitavo de litro. Relembrando as palavras do locutor Valério, a leitura da lista de inscritos sugeria uma largada de brasileiro.


Paulo Stédile, cat. 125cc

Mas como normalmente aconteceu nesse ano, nas duas baterias daquela tarde novamente foi a Honda 250cc numeral 112 de Luiz Zimermann que apontou liderando o pelotão na primeira curva, entretanto logo superarada pelas 125cc dos convidados e pela 426F de Cordeiro. Aliás, Roosevelt e Stédile fizeram um duelo à parte. Na primeira das baterias a velocidade combinada com uma certa dose de abuso resultaram na vitória de Stédile. Na final, a consistência e a regularidade que marca a tocada de Roosevelt superou a vontade de vitória dos demais, garantindo ao paulista a primeira colocação no geral.


Marcos Cordeiro, vencedor da etapa
na 250cc, comentou sobre a pista.

Jhonatan Batista, fala do
seu desempenho na etapa.

Cordeiro que vinha de lesões, como ele mesmo afirmou, estava com o ritmo de corrida um pouco abaixo do normal. “Eu estava bastante veloz e sabia que poderia andar na frente, mas estava errando muito. Quando caí pela segunda vez deixei de lado a briga com os dois ponteiros da 125cc e me contive, garantindo assim o primeiro lugar na minha categoria”.

Ainda na 125cc, outros bons pegas também aconteceram. Destaque para Jhonatan Batista que ficou com o terceiro lugar e o primeiro dentre os catarinenses, faturando pontos importantes na busca do bicampeonato da categoria. Já Pablo Ristow não teve seu final de semana de sorte, conseguindo sair ileso dos problemas do motor somente na primeira bateria.


 
 
 
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