Osni Massaneiro, faz uma avaliação
sobre o Catarinense de Enduro F.I.M. deste ano e fala como vai ser
a etapa do Brasileiro de Enduro F.I.M. a realizar em SC em 2003.
Em Santa Catarina
o Enduro F.I.M. – padrão da Federação Internacional de Motociclismo, ainda
é uma modalidade estreante, mas já mostra força e grandes possibilidades
de desenvolvimento. E para continuar crescendo, algumas mudanças nas regras
que regem a modalidade devem acontecer para a temporada 2003. O comissário
da FCM para o fora-de-estrada, Osni Massaneiro, um dos maiores conhecedores
do país em relação às competições de enduro e rali, disse que serão feitas
algumas modificações no regulamento em relação a prova, ao credenciamento,
de como o piloto irá se filiar, e incluindo alterações em relação as inscrições,
procurando beneficiar os pilotos filiados. As mudanças ainda não detalhadas
e definidas, mas terão como objetivo adequar os pilotos às regras do campeonato
brasileiro da modalidade, que pela primeira vez terá um prova em Santa
Catarina, provavelmente na região de Canelinha, em maio.
Modalidade conquista novos adeptos
O piloto Eládio
Rohden, vencedor da classe Pró na última etapa do ano, realizada em Joinville
no segundo final de semana de novembro, é outro entusiasta do Enduro F.I.M..
Aos 33 anos de idade e há oito participando de competições – a maioria
delas no Enduro de Regularidade, Eládio aposta agora no sucesso do F.I.M.
“Eu já lutava por esse tipo de prova há muito tempo. Há cerca de quatro
anos começamos com o Cross Country, e em 2001, iniciamos o Campeonato
Catarinense padrão F.I.M. que caiu como uma luva: na minha opinião, ele
tem o que o Regularidade tem de bom e não tem o que esse tem de ruim”.
Eládio Rohden, categoria Pró
Entretanto,
com relação às mudanças nas regras do campeonato estadual, a composição
das categorias não deve ser alterada, afirmou o piloto. “As categorias
destinadas às motos Nacionais, são as portas de entrada para os novos
praticantes. E é graças a elas que nós estamos tendo mais de 100 competidores
por etapa. No Brasileiro, que reúne a elite do enduro nacional, geralmente
as provas não apresentam mais do que 50 motos”.
A partir da
próxima temporada, Rohden optou correr somente o enduro padrão F.I.M.,
e para tomar essa decisão, ele destacou o que considera ser alguns dos
pontos positivos da modalidade: não precisar chegar um dia antes por conta
da preparação da planilha, ter menor possibilidade de ser prejudicado
por eventuais problemas de apuração, ou pior, não correr riscos por erro
de outros, e apresentar um custo total por etapa consideravelmente mais
baixo. Com relação à segurança, no F.I.M.o ponto positivo é o fato do
percurso já estar reconhecido. E mais, o piloto só vai acelerar para valer
onde tem que acelerar, que são os trechos de Especiais, mais curtos e
geralmente bem demarcados. Quanto aos custos, além de não precisar dos
caros equipamentos de navegação, a manutenção da moto é uma diferença
considerável no bolso, sobretudo por conta do percurso do F.I.M., onde
dificilmente aparecem atoleiros ou enroscos para o piloto ficar forçando
a motocicleta.
Entretanto Rohden
não quer com isso desmerecer de maneira alguma o Enduro de Regularidade,
que é uma modalidade genuinamente brasileira. Pelo contrário, ele reconhece
também que o Regularidade está em boa fase e que não deve acabar tão cedo,
como dizem alguns críticos do esporte. “O Regularidade tem o seu público
garantido: são pilotos muito técnicos, que gostam até mais de roteirar
do que somente correr contra o relógio”, falou.
Competição em família
Gerson Sérgio Klaumann, faz a sua avaliação
do campeonato e do desempenho da família Klaumann.
Outro piloto
que optou pelo F.I.M. é Gerson Sérgio Klaumann, de Rio Negrinho, que aliás,
chegou em primeiro na etapa de Joinville e confirmou a conquista do título
da temporada 2002 na categoria Over 35, com uma Honda CRF 450. Klaumann
também compete no Cross Country, que uma competição com características
bastante similares.
Nas primeiras
etapas dessa temporada do enduro F.I.M., Klaumann teve a companhia dos
filhos Sérgio Augusto, de 17 anos, e Sérgio Henrique, de 15. Contudo,
para competir nessa modalidade é necessário a Carteira de Habilitação,
um detalhe que foi desconsiderado até a penúltima etapa, em São Bento
do Sul, quando os dois pilotos foram obrigados a abandonar o campeonato.
Já no Cross Country que dispensa a CNH, Sérgio Augusto ficou com o título
de campeão, e o mais novo, Sérgio Henrique, com o vice-campeonato da categoria
Júnior.