Kiko faz uma pequena avaliação sobre a etapa
de São José
Jhonatan Batista #21 e Paulo Stédile #4,
cat. Força Livre
Com 205 inscrições
a etapa de abertura do Catarinense de Motocross 2003 realizada nos dias
15 e 16 de março, confirmou o sucesso que todos esperavam. A prova 253 Anos
de São José bateu o recorde de participantes em 20 anos do campeonato. Com
tantos competidores, nas nove categorias disputadas não faltaram bons pegas,
seja pela liderança ou pelas posições intermediárias. As mudanças promovidas
no regulamento também apresentaram resultados positivos. A classe Força
Livre que substituiu a 250cc, se mostrou bastante equilibrada: no pódio,
três 250cc e três 125cc. Além disso, a utilização do “parque fechado” com
10 minutos de antecedência para as largadas agilizou o procedimento, embora
o “gargalo” do sistema tenha passado então, para o pódio após as baterias.
É claro, problemas até podem acontecer, mas esses e outros detalhes deverão
já estar resolvidos para a segunda etapa, marcada para esse último final
de semana do mês, dias 29 e 30, em Antônio Carlos, numa pista que assim
como a de São José, também leva a assinatura do construtor Fernando Dal
Más.
Baterias
As
largadas para as baterias dos pilotos mais experientes e dos mais novinhos
foram feitas ainda na parte da manhã do domingo. Na minimotos 50cc, Marcos
Holtmann, Gustavo Fernandes e o atual campeão Lucas Silva largaram juntos
na dianteira. Entretanto, não era o dia de Lucas. Holtmann disparou na
liderança para receber a quadriculada, enquanto Gustavo acabou sendo superado
por Diogo Scariot que terminou na segunda colocação.
Já
na categoria Máster os gaúchos Léo e Leser Lopes aceleraram forte do início
ao fim e acabaram superando os catarinenses. Pilotando uma 125cc Arnei
Tomio, de Blumenau, ficou com a terceira colocação, a frente de Paulo
Hegele e Aristeu Cattoni que não havia feito uma boa largada.
Elton Becker, categoria 125cc
Leandro Silva #125 e Milton Becker #12, cat. 125cc
Leo Lopes #666 e Leser Lopes #153, cat. Master
Com
o gate cheio a categoria Júnior também rendeu emoções fortes para o público,
que no início da tarde já lotava a arquibancada. O piloto Rafael Knoll,
que é praticamente da casa, largou na frente e não exitou. Na ânsia de
vencer, tampouco ele tirou a mão ao passar por um trecho de bandeira amarela,
fato que lhe rendeu uma advertência do diretor de prova. Com a atitude
relevada, Knoll teve confirmada a sua vitória, com Vandrigo Fabris, Rafael
Espíndola e Felipe Mallon na seqüência.
Outra
mudança adotada no regulamento e que rendeu nesse primeiro momento resultados
positivos foi na categoria Nacional 180cc, que estendeu de 225cc para
250cc a capacidade permitida para as motos impulsionadas com motores quatro
tempos. Com isso a frota da categoria foi rejuvenescida, substituindo
em partes as antigas Yamaha DT 180 pelas novas XTZ 225 - que foi campeã
no ano passado nas mãos de Edson “Halley” da Silva, e pela Honda XR 250,
a Tornado.
Na
partida, após ter quase ficado de fora por não conseguir ligar a sua XTZ
225, o “Monstrinho” Darley Barth chegou na frente na primeira curva. Entretanto
Anderson Albanaz, de Tornado, e Mirko dos Santos com uma DT 180 (!?),
logo passaram a dividir a liderança da prova. Para a empolgação do público
a decisão do vencedor foi acontecer somente na penúltima volta, quando
Albanaz parou a sua moto próximo a linha de chegada. Mirko comemorou a
vitória, enquanto o joinvilense Albanaz sequer quis comentar o ocorrido.
Na
Força Livre Nacional o equilíbrio foi maior, entretanto mantida a superioridade
das Yamaha DT 200 pilotadas por Pablo Sott e Jailson Silva, primeiro e
segundo colocados. Na seqüência ficou a Honda XLX 350 “protótipo” de Jonny
Romão.
Quase um brasileiro!
Rafael Knoll, cat. Júnior
Foi
assim que o locutor Chicão se referiu as categorias 60cc, 80cc, 125cc
e Força Livre, quando essas alinhavam no partidor, em face da quantidade
e nível técnico dos pilotos que ali se apresentavam.
Elton
Becker que desde a conquista do título do estadual na 125cc no ano passado
não competia, não treinava intensamente e sequer havia feito os treinos
livres do sábado, largou na frente. Entretanto a sua liderança durou até
a sexta volta quando Paulo Stédile, após algumas tentativas, o superou
e disparou na dianteira.
Mirko dos Santos fala com exclusividade para a reportagem
da FCM.ORG.BR
Pablo Sott, cat. Força Livre Nacional
Elton
passou então a poupar seu gás para se manter à frente de Jhonatan Batista
que ao contrário, acelerava forte, esbanjando preparo físico. O resultado
disso é que na penúltima volta Elton deixou a sua moto desgarrar próximo
ao primeiro salto da reta de chegada, erro não perdoado por Jhonatan que
acabou ficando como o primeiro catarinense na categoria. Um pouco mais
atrás, o outro Becker, Milton “Chumbinho” marcava seu retorno, mas se
via numa situação complicada para passar o garoto Leandro Silva que também
não dava moleza. Afinal, se você fosse um estreante na categoria principal
não se sentiria honrando ao não deixar passar um piloto várias vezes campeão?
Infelizmente não pudemos ver o desfecho da disputa, pois Chumbinho abandonou
com o pneu traseiro furado. Completaram os seis primeiros lugares Leandro
Smakovicz e Richard Berois.
Largada categoria 80cc
Gabriel Gentil, cat. 60cc
Marcos Paulo Holtmann #2, Gustavo Fernandes #7 e Lucas
Rodrigo da Silva #1, cat. 50cc
Na
60cc já era esperada uma acirrada disputa entre Lucas Cattoni, Anderson
Cidade e Gabriel Gentil, visto que os três haviam treinado fazendo tempos
bastante próximos com suas KTM’s. Mas nada tão imprevisível quanto uma
corrida de motocross. Logo após a largada que contou com 18 participantes,
Anderson teve a corrente da sua moto quebrada, enquanto Gabriel assumiu
a ponta e não deu chances para uma reação de Cattoni, que teve que se
contentar com a segunda colocação. Luiz Henrique Marian pilotou com firmeza
e terminou em terceiro, seguido de Diego Paranhos, Jorge Coronel Jr. e
Talles Hess.
Na
80cc a maior experiência de Cristopher Castro sobressaiu mais uma vez,
resultando numa vitória tranqüila do tipo ... passeio dominical. Já Douglas
Ricardo mostrou que a sua transição da 60cc para a 80cc foi bem feita.
Douglas concluiu a prova na segunda colocação, superando concorrentes
fortes e com mais tempo na categoria como o paranaense Kaian Teixeira
e Maicon Kraemer, quarto colocado na etapa.
Na
bateria final, a da nova classe Força Livre, Fabiano Barg afunilou na
primeira curva liderando o pelotão, mas devido a uma escorregada na reaceleração
ele acabou sendo acertado por Marcos Cordeiro que vinha na sua cola. É
claro, Cordeiro que foi quem bateu, acabou levando a pior, partindo da
última colocação. Na terceira curva foi a vez de João Marronzinho Jr.
e Paulo Stédile se enroscarem, ficando os dois para trás. Na frente, Jhonatan
Batista correndo com a sua 125cc tentava escapar. Mas a vantagem dele
durou até os 18 minutos de prova, quando Stédile fez valer a sua experiência
e a potência da moto de 250cc para supera-lo e vencer. Marron que vinha
no mesmo ritmo, também passou por Jhonatan, e em certo momento até chegou
a se aproximar do líder. Jhonatan, por sua vez, tinha Milton “Chumbinho”
logo atrás, e voltou a apertar o ritmo. Mas as posições não se alteraram.
Cordeiro chegou ainda na quinta colocação, seguido de Smakovicz.