Federação Catarinense de Motociclismo



Em Blumenau a ordem é silêncio: preparem suas motos...
e não esqueçam de trocar a lã de vidro da ponteira!

Gerson Coas - Reportagem FCM / Fotos: divulgação Motódromo Voss
 

Programação completa da 6ª etapa do Catarinense de Motocross

Neste sábado a partir das 14 horas os motores devem começar a roncar no Motódromo Jackson Wilson Voss, em Blumenau, para a sexta etapa do Campeonato Catarinense de Motocross. Mas o barulho, todos sabem, não será bem-vindo. Portanto, dá-lhe lã de vidro nova na ponteira do escapamento.

Faltando pouco menos de três dias para começar a competição a Licença Ambiental de Operação - LAO, expedida pela Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina - FATMA, e a liberação provisória do motódromo por parte do Ministério Público ainda não foram obtidas. Embora o processo já se arraste por mais de um ano, Wilson Voss que é o responsável pela área e organizador da etapa garantiu que a competição deverá transcorrer normalmente a partir de sábado. “Temos diversas autoridades sensibilizadas com a nossa causa. Na questão ambiental está tudo encaminhado de acordo com a legislação, e em relação ao ruído das motos estamos com todos os nossos vizinhos a favor”, disse.

Devido o motódromo estar construído na margem do rio Itajaí-açu, na faixa reconhecida como área de preservação permanente, alguns pontos tiveram que ser revistos e adaptados de acordo com a legislação ambiental para que a utilização do local volte a ser normalizada. Um engenheiro florestal foi contratado para adequar a área à prática esportiva sem comprometer a mata ciliar que foi até recomposta com o plantio de espécies nativas. “No laudo da polícia ambiental, eles puderam conferir que estão em pleno desenvolvimento mais de 300 mudas de árvores nativas e mais de 100 mudas de bambu que deverão formar em poucos anos uma barreira para o som das motos. A gente está dando as condições e a própria natureza vai se encarregar do resto”, completou Voss.

Ou seja, o maior problema não é mais a questão ambiental, e sim, a sonora. Uma denúncia feita ao Ministério Público por um taxista, morador na margem oposta do rio Itajaí-açu, e exatamente na mesma direção, é o que está causando a demora na obtenção da licença e da liberação do motódromo. A tal denúncia, feita no primeiro trimestre do ano passado, é baseada no sossego do reclamante que afirma trabalhar a semana inteira e não poder descansar nos finais de semana devido ao barulho produzido pelas motocicletas na outra margem do rio, que fica a mais de 100 metros de distância. Segundo Voss, recentemente foi coletado um abaixo-assinado que passou nas residências localizadas num raio de 400 metros do motódromo. Exceto a opinião do taxista, as motocicletas tem 100% de aprovação dos moradores do bairro para utilizarem aquele local.

Com relação a pista algumas modificações foram efetuadas, já que anteriormente o traçado estava sendo usado para a motovelocidade na terra. O circuito foi alterado com a intenção de reduzir o ruído. Agora foram colocados mais de 200 caminhões de terra. Nas parte do traçado onde as motos ficam com o escapamento direcionado para o rio, construímos obstáculos para evitar a aceleração. Na subida, por exemplo, foi usado um duplo e mais um salto. Assim como três aceleradinhas o piloto faz a reta”, disse Pablo Ristow, piloto da equipe Voss e responsável pelo circuito.

Os ingressos serão vendidos a R$ 7,00 com direito a retorno para o domingo, no caso da compra no sábado.


 
 
 
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