Federação Catarinense de Motociclismo


Muita chuva e emoções fortes marcam a final
do catarinense de velocidade em Witmarsun

Reportagem: Fabrizio Motta dos Santos
 


Pablo Ristov, cat. Força Livre Especial

Largada categoria 50cc

Gilson Luiz de Araújo, cat. Street 4T Standard

Galeria de fotos da 10ª Etapa do Catarinense de Motovelocidade

Em Witmarsun o mau tempo chegou roubando a cena e pegando todos desprevenidos. Os pilotos fizeram todos os treinos com pista seca, usando pneus totalmente diferentes. Mas na hora das provas a chuva tomou conta e encharcou a pista, exigindo pneus para chuva. Até mesmo a FCM alterou a ordem da programação, pois naquelas condições algumas categorias seriam prejudicadas demais.

Mas não é justo por a culpa no mau tempo, pois com relação às nove etapas anteriores, todas foram em pista seca e era até certo haver uma etapa com chuva. Afinal, não é qualquer um que acelera na lama. Mesmo assim a última etapa do catarinense atraiu muita gente e ofereceu a todos que vieram curtir as emoções do motociclismo um grande fim de semana.

As categorias que disputavam títulos eram: street especial, nacional 180cc e força livre especial. As demais já saíram definidas da nona etapa, em Schoereder, com Tauan Brener vencendo a prova na 50cc, na street standard com Fábio Lorenzi chegando em terceiro e com Sílvio Alchini em segundo na força livre nacional.

Como a pista não deu condições de andar a 50cc, os pais e pilotos decidiram fazer uma disputa curta de uma reta, e com a moto afinada José Brayan de Massaranduba levou a melhor, seguido de Gustavo Fernandes de Videira e Tauan Brenner, de Camboriú. Com este resultado Brayan também confirmou o vice com apenas cinco anos de idade. Tauan foi o grande campeão do ano.


Silvio Roberto Alchini, cat. Força Livre Nacional

Adilson Mistura, cat. 180cc

Na street 4 tempos a pista exigiu muita técnica pois o terreno não permitiu falhas em certos pontos encalhando alguns pilotos, a pista pediu uma tocada mais aberta e assim Gilson de Araújo, de São Bento do Sul, andou levando a prova. João Francener, de Joinville, também mostrou saber andar na chuva e garantiu o vice-campeonato chegando em segundo e deixando Edimilson Batista, de Camboriú, para trás. Lorenzi não se colocou bem, mas mesmo assim já pode dizer que é o melhor deste ano.

Sílvio Alchini chegou ao tri-campeonato na força livre nacional e apesar da soberania, respeita seus adversários e comenta que a cada ano ele precisa ser melhor para poder chegar ao título. Denísio do Nascimento, de Brusque, vice este ano, exigiu isso de Sílvio, mas por culpa de uma fratura não pode descobrir realmente se conseguiria superar esta evolução. Por ser a principal categoria nacional reúne o top das motos oferecidas no mercado, proporcionando disputas de alto nível. Mas nessa prova a história teve outro herói: Celmo Dzikanski, de Mafra, andou forte e mostrou que mesmo sendo o vovô da categoria ainda pode surpreender muito marmanjo.



Enio Ronchi Jr (dir.), cat. Street Especial

Fabiano Barg, cat. Força Livre Especial

A nacional 180cc alinhou com título em disputa: de um lado Cleto Tamanini, de Rodeio, com 165 pontos, e do outro Adilson Mistura, de Blumenau, com 176 pontos e que defendia o bi. Em jogo 11 pontos separando estas duas feras, que este ano, descabelaram as torcidas em disputas literalmente roda a roda pelo campeonato. Tamanini largou na ponta e Mistura veio mais atrás. Estava tudo como Tamanini queria até ele perder a posição para Dzikanski. Enquanto isso Mistura ganhou posições e logo ficou tudo como ele precisava. E assim não deu outra, Celmo venceu surpreendendo a todos e Mistura conquistou o bicampeonato, chegando atrás de Tamanini.

Na street especial a situação era parecida: Clóvis Lorenzi, de Joinville, com três pontos de vantagem tinha que chegar na frente de Ênio Ronchi Júnior, de Luiz Alves, que corria em busca do bicampeonato. Com esta diferença as chances eram boas para os dois e após cair já na largada, Clóvis deixou escapar o campeonato. Com isso Ênio Jr. administrou a prova e chegou em segundo, atrás de Luiz H. Zimermann, de Blumenau, conquistando assim o tão sonhado bi na categoria, agradecendo a todos que lhe ajudaram, principalmente ao seu pai e mecânico.

Para encerrar as disputas ao título, que este ano envolveu em todas as categorias rivalidade a altura, a força livre especial andou com Pablo Ristow, de Timbó, favorito com nove pontos de vantagem sobre Fabiano Barg, de Brusque. Fabiano largou bem, disposto fazer a sua parte, mas com poucos pilotos a altura de Pablo na pista, não tinha como ele ser superado e perder o segundo lugar na prova, o que lhe garantiu o título de campeão catarinense 2003.

Encerrando o ano, Ivan de Oliveira Tomaz, diretor técnico da FCM, disse que mais uma vez o catarinense foi um sucesso graças ao empenho dos pilotos, e que todos que apoiaram esta idéia estão satisfeitos e prontos para 2004. Ivan ressaltou ainda que a organização dos motoclubes vem acompanhando a prosperidade do esporte, não negligenciando as devidas melhorias para que este seja um campeonato cada vez mais completo para todos.

Resultado final da etapa

Classificação do final do Catarinense de Velocidade na Terra


Pódio categoria Força Livre Especial

Pódio categoria Força Livre Nacional

Adilson Mistura, cat. 180cc

Pódio categoria 50cc

Pódio categoria Street 4T Standart

Pódio categoria Street Especial

 
 
 
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