Federação Catarinense de Motociclismo


Temporada chega a sua metade
com muita competitividade
Reportagem FCM – Fabrízio Motta fabriziomotta@ibestvip.com.br
 



Largada categoria 125cc

Aristides Mafra, cat. 125cc

Ênio Ronchi Jr. #21 e Gilson Araújo #18, cat. Street Especial

José Braian Padilha, cat. 50cc

Campo Alegre voltou ao cenário da velocidade após anos de espera, com a tradição de quem já sediou várias etapas que fizeram a história da motovelocidade. Correspondendo a essa tradição o público compareceu em grande número na pista do recanto Tio Dico, que apresentou um traçado de média baixa onde o diferencial eram as subidas e descidas, exigindo atenção dos pilotos, e das motos torque em baixa e um bom desempenho dos freios.

Neste ano o campeonato vem mantendo a boa média de pilotos inscritos, acima de 100 por prova, superando outras modalidades. Já com o público, o sucesso tem sido ainda maior, graças à profissionalização na organização de algumas provas e o empenho dos proprietários de pistas. A média de público tem se mantido acima dos três mil espectadores, com Luiz Alves superando, na sua primeira prova realizada, os cinco mil espectadores. Isso mostra a todos que acreditam no esporte que a “velô” está encontrando seu lugar e deve começar a reconquistar um circuito de etapas definidas e construir tradição nestes locais.

Com 25 inscrições a 125cc superlotou o gate. Assim a direção de prova teve de fazer classificatórias para definir os 20 finalistas. Surpreendendo, Marcos Machado Júnior, de Joinville, atropelou os favoritos e levou a prova. Já Aristides Mafra, de Brusque, ficou com o segundo lugar, tirado a liderança de Fábio de Oliveira que levou a primeira etapa, mas foi decaindo nas seguintes, ficando em sexto em Campo Alegre. Maicon Kraemer, de Taió, e Leandro Lemos, de Lages, vem se mostrando em condições de brigar nas cabeças. Leandro fez sua primeira etapa do ano após uma contusão em Jaraguá, ficando em terceiro lugar; Maicon anda com regularidade e disse que condições até tem, mas o que lhe falta é motor.

Já na street especial Ênio Ronchi Jr., o “Bauboa”, de Luiz Alves, venceu a categoria e somou a quarta vitória, assim mantém 100% de aproveitamento. Na sua sombra Gilson Araújo se esforçou para chegar com o seu motor 4T, mas mesmo nas pistas travadas Bauboa administra sua moto com categoria de tri-campeão da categoria. Gilson andou forte, botando pressão. Chegou meia moto atrás de Bauboa, fazendo a melhor aproximação das quatro etapas.

José Braian Padilha, de Massaranduba, e Jefferson Laube, de Jaraguá do Sul, estão fazendo a disputa da 50cc. Braian levou a primeira etapa, Jefferson a segunda; a terceira não foi homologada, pois na mesma data acontecia uma etapa do Brasileiro de 50cc, e nessa quarta prova da temporada Braian levou com a experiência de quem está pilotando no campeonato nacional. Os dois fazem um duelo particular e liderando o segundo pelotão vem a gatinha Maysa Pianezer, de Jaraguá do Sul, com 45 pontos.


Jefferson Laube, cat. 50cc

Gilson Araújo, cat. Nacional 250cc

Trazendo o numeral 18 na ponta, Gilson Araújo venceu a nacional 250cc e quebrou a seqüência de vitórias de Bauboa. Mesmo assim Bauboa se destaca, perdendo apenas cinco dos 100 pontos disputados, enquanto Jean Maiochi, de Guaramirim, Gilson e Daniel Groh, de Blumenau, fazem o bolo do segundo pelotão. Jean vinha bem, mas um sexto lugar deixou Gilson a cinco pontos do vice. Daniel também não foi bem ficando em quinto, deixado Gilson passar a sua frente. Mesmo assim tem muito até o final do ano e todos já mostraram seu potencial.


Wilson da Silva Pereira #77 e André
Luiz Rinco #10, cat. street standard

Denísio do Nascimento #197 e Luciano de
Oliveira #41, cat. Força Livre Nacional

A street standard também correu as classificatórias, só que com 29 inscritos, fazendo valer uma vaga na final. Só que a categoria trouxe dois episódios lamentáveis. Um faz parte do esporte e todos andam equipados para se proteger destes problemas. O outro foi à falta de consideração de vários pilotos com a situação de acidente na pista sinalizado com bandeiras amarelas, que não foram respeitas pondo em risco o atendimento dos pilotos acidentados e os socorristas. Felizmente Michel da Silva, de Joinville, e Éderson Ballatk, de São Bento do Sul, estão se recuperando.

Para o atendimento aos pilotos a prova foi interrompida e na relargada, quem se deu bem foi André Rinco, de Joinville, que na etapa anterior já havia ficado na terceira colocação. O paranaense Wilson Pereira ficou em segundo, seguido de Gilson Araújo. Mesmo assim Gilson manteve a liderança geral do certame, seguido de Edimilson Batista, de Camboriu, que ficou com a quarta colocação na prova.

Com a visita do tetra-campeão catarinense Sílvio Alchini, de Guaramirim, que agora corre o Campeonato Paranaense, as coisas ficaram difíceis para o líder Denísio do Nascimento, de Brusque. Sílvio disparou abrindo boa vantagem rumo a vitória, enquanto Denísio encarou seu rival Luciano de Oliveira, de Jaraguá do Sul. Luciano botou pressão a prova inteira, mas Denísio não afrouxou e levou os 25 pontos, assumindo a liderança geral por um ponto de vantagem sobre Luciano. A força livre nacional vem se mostrando equilibrada tanto no primeiro quanto no segundo pelotão, com Evandro Espezia, de Massaranduba, Márcio Mielk, de Blumenau e Eduardo Zonta, de Guaramirim.


Brás dos Santos, líder da cat. Força Livre Especial

Fechando o dia largou a força livre especial com Denísio do Nascimento levando sua segunda vitória. Brás dos Santos ficou em terceiro, mas se mantém líder com Denísio sete pontos atrás. Aristides Mafra, de Brusque, fez o segundo lugar e continua na disputa com nove pontos atrás de Brás. Os três andam de CR 450F e aí o que esta valendo é a habilidade com a máquina.

Em resumo

O Campeonato Catarinense se mostra o meio termo na questão “pistas”, pois já passou por Jaraguá do Sul - traçado de média alta, Luiz Alves - traçado média baixa, Papanduva - traçado de média-alta e agora Campo Alegre, de média baixa. Alternando os tipos de traçados e preparando melhor os pilotos catarinenses para o Sul Brasileiro, marcado para os dias 24, 25 e 26 de junho em Massaranduba.

Nesta lógica os pilotos catarinenses estão mais preparados para as variações, sendo que os gaúchos andam mais em pistas de média-alta e os Paranaenses em pistas de média baixa. As outras etapas ainda serão definidas, mas já fica a expectativa. Como os três Estados têm tradição na “velô”, a rivalidade é saudável e necessita que se concretize o Sul Brasileiro no calendário anual para fortalecer a experiência dos pilotos. Quem sabe pela frente cabe até um Campeonato Brasileiro de Veloterra.

Em Massaranduba o encontro dos Estados promete muito sob a organização de Antônio Wurst, o “Nino”, de Massaranduba. “Eu acredito no potencial do motociclismo, já organizamos duas etapas de sucesso este ano e pretendemos superar as expectativa com essa etapa do Sul Brasileiro”, disse. Para tanto o motódromo vem recebendo manutenção, como a ampliação da área de camping, definição da área de box e conservação da pista. Para os três dias de competição estão programados treinos na sexta, jantar de confraternização entre os pilotos e reunião para organização das próximas duas etapas; no sábado continuam os treinos e de noite shows de rock para animar o público; no domingo serão disputadas as sete categorias do catarinense e mais a categoria máster para o Sul Brasileiro.


 
 
 
FCM

Federação Catarinense de Motociclismo

Rua Comandante José Ricardo Nunes, 79
Capoeiras - Florianópolis - SC - 88070-220
Fone: (48) 3248-1950 Fax: 3348-8681
Email: fcm.sec@gmail.com

2001-2019 Todos os direitos reservados - Proibida reprodução do conteúdo sem autorização.