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Chumbinho é campeão
e tem título inédito
VipComm Assessoria de Imprensa
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Milton Becker venceu em Cachoeiro de
Itapemirim e garantiu título histórico |
O piloto Milton
Becker, o Chumbinho, venceu neste domingo a corrida da sexta etapa do
Campeonato Brasileiro de Motocross na categoria MX 3, disputado em Cachoeiro
de Itapemirim, no Espírito Santo. Com o resultado ele garantiu a temporada
2005 por antecipação (são oito etapas no total) e tornou-se o piloto com
mais títulos nacionais de toda a história do motocross: 11. Ele estava
empatado com Jorge Negretti, que já se aposentou das pistas. Além da MX3
foram realizadas corridas de mais quatro categorias: MX1, com a vitória
de Roosevelt de Freitas e a MX2 com Marcello Ferreira Lima em primeiro.
Na 85cc deu Gustavo Amaral e Endrews Armstrong garantiu a 65cc. Ao todo
foram 126 pilotos. Ainda restam mais duas etapas para o final do Campeonato
- dias 1 e 2 de outubro em Cianorte (PR) e 29 e 30 do mesmo mês em Minas
Gerais.
Becker está
fazendo uma temporada impecável, vencendo todas as seis corridas disputadas
até agora, e já somou 150 pontos (cada vitória vale 25). Em terra capixaba
não foi diferente. Além de conseguir o melhor tempo nos treinos cronometrados
de sábado, o que lhe deu o direito de escolher a posição no gate de largada,
Chumbinho realizou uma prova excepcional. Largou de forma perfeita e completou
a primeira curva na frente. A partir daí ninguém representou perigo para
o catarinense de 38 anos, 21 anos de carreira e pai de Miline, de seis
anos de idade.
Becker saiu
em disparada e a cada volta abria mais vantagem dos adversários. O único
momento de perigo foi quando começou a alcançar os retardatários. E isso
aconteceu em quase todo o tempo dos 30 minutos mais duas voltas de corrida.
Mas a experiência falou mais alto e Becker soube administrar: não arriscou
em nenhum momento. Tirou a mão e seguiu com todo o cuidado. E foi assim
até cruzar a linha de chegada, garantindo o título inédito e desempatando
com Jorge Negretti, outro grande nome do Motocross.
Chumbinho comemorou
bastante a vitória e o 11º título nacional. Logo após receber a bandeirada
ele parou nos boxes e abraçou mecânicos e amigos. E colocou no number
plate, com uma fita adesiva, ao lado do número 1, um sinal de "+", indicando
mais uma vitória. Festa para fotógrafos e cinegrafistas que acompanhavam
o evento. Depois deu a volta da vitória e agradeceu o público, que aplaudiu
Becker.
"Uma vez em
Itapiranga, minha cidade, sonhei: um dia vou ser campeão brasileiro de
motocross. Corri atrás e consegui meu objetivo. Hoje sonhei novamente
que conseguiria o meu 11º título da carreira. E consegui de novo",
contou Chumbinho. Perguntado se continuaria sonhando, afirmou: "Enquanto
eu tiver tesão vou correr de moto. Adoro isso", contou.
No pódio, Chumbinho
comemorou novamente, desta vez ao lado dos pais, Sidio e Terezinha, que
vieram de Itapiranga, na fronteira de Santa Catarina com Argentina e divisa
com o Rio Grande do Sul, para assitir a mais uma conquista do filho. Becker
fez questão de posar para fotos no lugar mais alto do pódio ao lado deles.
Beijou e foi beijado bastante. Rogério Nogueira foi o segundo e Alberto
Maschio o terceiro. Ricardo Raspa, que andou na terceira posição, foi
atrapalhado por um retardatário e caiu num trecho de descida. Sofreu várias
escoreações no ombro esquerdo. Nada grave. Só o susto.
Endrews Armstrong, cat. 65cc |
65cc
Depois dos veteranos
da MX3, foi a vez da garotada da 65cc entrar na pista. Os pequenos pilotos
não se intimidaram com as curvas e subidas e descidas da pista de Motopark
e também deram um show para o público, que lotou o local. Depois de disputas
acirradas e ultrapassagens corajosas, Endrews Armstrong, de apenas 10
anos, cruzou a linha de chegada na frente, a primeira vitória do menino
de Curitiba no Campeonato Brasileiro de Motocross. O melhor resultado
dele até então foi o terceiro lugar em Carlos Barbosa (RS).
Com apenas 35
quilos e o menor em estatura entre os adversários, virou personagem. Quando
desceu do pódio com o troféu debaixo do braço foi cercado por um grupo
de meninas que trabalham como sinalizadoras na corrida. Queriam um autógrafo
e posar para fotos ao lado do jovem. Em segundo ficou Hector Assunção,
seguido por Gustavo Takahash, o terceiro.
85cc
Gustavo Amaral faturou o primeiro lugar na 85 |
As emoções em
Cachoeiro de Itapemirim não pararam por aí. A 85 cilindradas foi a terceira
categoria a entrar na pista. Os audaciosos pilotos também deram um show
à parte e levantaram o público. O ponto alto foi quando Thales Villardi,
que estava entre os primeiros, parou com problemas no pneu dianteiro.
Ele perdeu muito tempo, mas parou nos boxes para que a equipe fizesse
a troca. Raçudo, ainda voltou para a corrida, o que tirou aplausos entusiasmados
da platéia. Já era tarde para Thales, que terminou em nono, mas continua
líder do campeonato com 127 pontos.
Gustavo Pereira
conquistou a vitória e Anderson Cidade terminou em segundo, à frente de
Deni Marques. Com os resultados, a 85 ficou com a classificação do campeonato
bastante embolada, onde a diferença é pequena entre os três primeiros
na soma de pontos: Thales (127), Cidade tem 11 e Lucas Cattoni aparece
com 101. Ainda faltam duas etapas.
MX2
Marcello Ferreira Lima faturou a corrida na MX2 |
A quarta categoria
a entrar na pista foi a MX2, que contou com a participação de 30 pilotos.
Logo na largada, Rodrigo Selhorst, um dos grandes favoritos, ficou com
a roda dianteira presa no gate e dali viu os adversários se distanciarem.
Ele só conseguiu sair depois que contou com a ajuda da organização. Mas
ele não se intimidou. Seguiu acelerando forte e buscando os adversários,
fazendo as ultrapassagens. Mesmo depois de todo o sufoco ainda conseguiu
terminar em quinto e garantir um lugar no pódio. "Fui me recuperando e
fiz várias ultrapassagens, mas no final fiquei cansado demais", afirmou
Selhorst.
Outro piloto
de destaque na MX2 foi Lucas Moraes. Com 14 anos, ele ficou dois meses
e meio parado sem treinar ou competir em recuperação. Ele quebrou a fíbula
da perna esquerda (região do tornozelo) e foi submetido à uma cirurgia
para a colocação de um pino. Moraes voltou a correr em Cachoeiro e chegou
a ficar na terceira posição por várias voltas. "Larguei em sétimo e pulei
para terceiro, mas depois de 15 minutos de corrida travou o meu braço.
Fiquei muito tempo parado e faltou preparo físico. Estou voltando à minha
rotina de treinamentos", disse o piloto, que terminou em oitavo.
Enquanto Rodrigo
fazia uma corrida de recuperação e Lucas tentava manter o terceiro lugar,
na ponta do pelotão vinham Marcello Ferreira Lima e Rafael Zenni travando
um duelo emocionante. Disputavam cada curva de Cachoeiro de Itapemirim,
mas no final Lima foi o melhor e conseguiu cruzar a linha de chegada em
primeiro. "O Leandro Silva estava em primeiro, mas a moto dele quebrou.
Nessa hora assumi a ponta e fui até o final", contou.
Roosevelt de Freitas venceu a categoria MX1 |
MX1
A MX1 foi a
última categoria a entrar na pista e era uma das mais esperadas pela público
devido ao alto nível de pilotagem e perícia dos pilotos. As motos também
são as mais potentes. Roosevelt de Freitas faturou a vitória e João Paulino,
o Marronzinho, foi o segundo colocado. Douglas Parise é o teceiro. "Eu
estava muito concentrado na corrida. Nem sabia quem estava atrás de mim",
contou Roosevelt.
E se sobrou
atenção para o campeão Roosevelt, o mesmo não aconteceu com Douglas Parise.
"Eu mes desconcentrei e caí. Acabei ficando em terceiro e acho que acabou
o meu campeonato. Agora serei apenas um franco-atirador nas próximas duas
provas: vou correr apenas para me divertir", afirmou. Já João Paulino
acha que os resultados de Cachoeiro deixou o campeonato "embolado". Paulino,
o líder, tem 131 pontos, Roosevelt 123 e Parize 101.
Resultados
das corridas
MX3
1. Milton Becker (Honda) - 35min41s136
2. Rogério Nogueira (Honda) - 39s
3. Alberto Maschio (Yamaha) - 1min28s
4. Osmar Ferreira (Honda) - 1min34s
5. Jaques Pich (Honda) - 1min44s
65cc
1. Endrews Armstrong (KTM) - 19min47S
2. Hector de Freitas (KTM) - 7s202
3. Gustavo Takahashi (KTM) - 7s251
4. Rodrigo Andrade - 13s093
5. Cezar Zamboni (KTM) - 34s776
85cc
1. Gustavo do Amaral (Honda) - 25min07s
2. Anderson Cidade (Honda) - 0s
3. Deni Marques (Honda) - 36s 4. Lucas Cattoni (Honda) - 37s
5. Raphael de Simoni (Honda) - 41s
MX2
1. Marcello Ferreira Lima (Yamaha) - 34min31s
2. Rafael Zenni (Honda) - 0s716
3. Wellington Garcia (Honda) - 43s54
4. Swian Zanoni (Kawasaki) - 50s87
5. Rodrigo Selhorst (Yamaha) - 1min22s724
MX1
1. Roosevelt de Freitas (Honda) - 36min09s952
2. João Paulino da Silva (Suzuki) - 10s051
3. Douglas Parize (Honda) - 16s598
4. Rodrigo Siqueira (Suzuki) - 37s105
5. Kristofer Florenzano (Yamaha) - 44s602
Classificação
do Campeonato
MX3
1. Milton Becker - 150 pontos
2. Alberto Maschio - 77
3. Rogério Nogueira - 76
4. Nicomedes da Rocha - 62
5. Ricardo Raspa - 61
65cc
1. Hector Assunção - 95
2. Douglas Fermiano - 82
3. Felipe de Simoni - 72
4. Gustavo Vieira - 71
5. Endrews Armstrong - 71
85cc
1. Thales Villardi - 127
2. Anderson Cidade - 111
3. Lucas Cattoni - 101
4. Gustavo Pereira - 64
5. Kaian Teixeira - 57
MX2
1. Marcello Ferreira Lima - 122
2. Rodrigo Selhorst - 105
3. Rafael Zenni - 92
4. Wellington Garcia - 78
5. Leandro Nunes da Silva - 61
MX1
1. João Paulino da Silva - 131
2. Roosevelt de Freitas - 123
3. Doulgas Parize - 101
4. Massoud Nassar - 77
5. Kristofer Florenzano - 66
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