Federação Catarinense de Motociclismo



MotoVelocidade em SC? Só se for na terra!!!!
Texto: Idário Café e Fotos: Fabrizio Motta dos Santos


Largada categoria 125cc

Campeonato Catarinense de Motovelocidade, você logo imagina uma pista asfaltada, pilotos vestidos com roupas de couro e capacetes fechados ao melhor estilo Valentino Rossi, certo? Nada disso!! Em Santa Catarina, motovelocidade é competição para se disputar na terra, com muita adrenalina e coragem!

Foi exatamente assim na terceira etapa do Catarinense de Motovelocidade na Terra, realizada neste domingo em Camboriú, SC. Cento e cinqüenta pilotos não hesitaram em acelerar na pista do Motódromo Lua Cheia, de propriedade do Valdir Gervasio, um pedreiro apaixonado por motociclismo e, que decidiu fazer do seu sitio um palco de grandes competições.


Vistoria das motos

Pista de Camboriú, 3ª Etapa do Catarinense de VX

A modalidade conta com seis categorias – Street 2t (as RDs!) Street 4T (as CGs!); 180cc, Nacional; 125cc Especial e Força Livre – que utilizam uma pista sem obstáculos, apenas retas e curvas de alta e de baixa velocidade, lembrando aquelas estradinhas de interior que todos nos insistimos em dar uma “aceleradinha” a mais.

Destemidos e corajosos

Os pilotos da categoria Street 4T foram os primeiros a irem para a batalha com suas “CGzinhas”. Jorge Correa largou na ponta e trouxe consigo Leandro Lemos, o Lelê. Juntos fizeram uma disputa emocionante, trocando de posições a cada volta. Para o excelente público, a vitória de Lelê era quase certa, mas numas das curvas, o piloto da valente CG não conseguiu controlar a danada e ambos foram ao chão. Melhor para Jorge, que teve apenas o cuidado de passar pelo acidente e assumir o primeiro lugar para receber a quadriculada. “Vinha rápido e vi Lelê no chão, desviei e comecei a fazer uma prova mais consciente, pois se arriscasse muito, acabaria como ele, “na chom”.” declarou Jorge Correa. Mas como arriscar faz parte do jogo, Lelê voltou com tudo e recebeu a quadriculada na frente. Nessa categoria o esforço é o melhor combustível. Depois de uma pane elétrica o piloto que ficou coma quarta posição, parou a poucos metros da chegada. Não desistiu. Reuniu forças e empurrou sua moto até a linha de chegada “Tinha que concluir a prova, não poderia chegar até ali e morrer na praia, o que me deu forças fora os aplausos do publico que estava assistindo” confessou emocionado Edinilson Batista.

Não demorou muito e outra vez o gate estava cheio de envenenadas motocicletas, mas desta feita eram as Street 2T que foram para briga. Como um bando de kamikazes, os pilotos dessa categoria aceleravam de uma maneira assustadora, chegando atingir cerca 100km/h em cima das RDs 135, algo sinistro de ver!


Wagner Gervasio (81), comemorando a vitória

Dos mais corajosos, Luciano Dalvesco, que chegou a travar uma disputa nas voltas iniciais com Enio Ronchi, acabou vencendo a categoria. Depois de respirar e trocar de moto, lá estava outra vez Leandro Lemos para mais uma batalha, desta vez na categoria 180cc. Lele, não quis saber de conversa e ainda nas primeiras voltas já era o primeiro colocado, deixando para Adilson Mistura e Ademar Rudolf a briga pelo segundo posto. A bateria terminou nessa forma.

E para finalizar a sessão de produtos fabricados aqui no Brasil, foi disputada a categoria Nacional, onde o vencedor foi Wagner Gervasio, que levou o publico ao delírio, afinal ele é de Camboriu.

Vida de ídolo

Se no Brasileiro de Motocross, Pablo Ristov é um piloto que luta bravamente para se manter entre os dez melhores do Brasil, em Santa Catarina ele é ídolo por onde passa. Em Camboriu, ele mostrou que em motovelocidade na terra, sabe acelerar e não teme o que virá pela frente.

O piloto de Timbó, SC participou de três provas. Primeiro venceu com facilidade a 125cc Especial, com uma grande vantagem sob o segundo colocado, Fabiano Machado. Depois, voltou a pista para a disputa da primeira bateria da Força Livre, outra vitória, mesmo andando de com uma moto 125cc entre as 250cc de Luis Zirmmerman e Fabiano Barg.


Largada categoria Street 2T

Na última prova do dia, Pablo teve mais trabalho do que nas anteriores, quando largou atrás das 250cc “Tive de esperar até que os pilotos que estavam na minha frente – Zimmerman e Barg – diminuíssem o ritmo. Eles só fizeram isso nas voltas finais, quando consegui ultrapassa-los e assumir a primeira colocação” explicou Pablo, que considera esse tipo de prova um preparo físico para as provas do Campeonato Brasileiro.

Além da excelente organização, a prova contou com um excelente publico – cerca de 4000 pessoas – que não arredou e pé até a entrega dos troféus, realizada quando o a noite já estava caindo. Para Onilio Cidade, presidente da Federação Catarinense, esta modalidade é uma das que mais reuni pilotos. “Temos incentivado esse campeonato, pois aqui muitos pilotos começam a dar suas primeiras aceleradas e acabam indo para o Motocross e depois para o Supercross” afirmou Onilio. Só pra lembrar um dos pilotos que começou acelerando na categoria Street, foi nada menos que Milton Becker, que até hoje guarda a moto na casa dos pais, em Itapiranga, SC. Imaginem se a categoria revelar mais um “Chumbinho” lá em SC?

Resultados


Fabiano Barg (117)

Pablo Ristow (20) em sua tradicional comemoração

Cleto Tamanini Filho (161) e Angelo A. Soares (181)

Street 2T
1º) Luciano Dalvesco (Servlar/Servpeças)
2º) Enio Ronchi (Enio Moto)
3º) Paulo Keske (Auto Fagil)

Street 4T
1º) Leandro Lemos (Beto Motos/Regianini)
2º) Jorge L. Correa (Mecânica Voss)
3º) Fabio dos Santos (Bento Motos)

180cc
1º) Leandro Lemos
2º) Adilson Mistura (Motomix/Centék Eletric.)
3º) Ademar Rudolf Junior (Mecânica Vieira)

Nacional
1º) Wagner Gervasio (Motoracer/Aldori Tintas)
2º) Denisio do Nascimento (Tcnomotos/GS/Megamotos)
3º) Silvio Roberto Alchii (Transtajon/Águia Motos)

125cc
1º) Pablo Ristov (Akros Fortilit/Soluções Amano)
2º) Emerson de Souza (Extrario/Fibrafot)
3º) Fabiano Machado (Est. Deleon/Borgtolato)

Força Livre
1º) Pablo Ristov
2º) Fabiano Barg
3º) Luiz Zimmerman (Baher/Horus/Metzeler)

Veja a classificação do Campeonato Catarinense após a 3ª etapa.


 
 
 
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