Cinco títulos
são definidos na etapa do Maratá
Texto e fotos: Gerson Coas / Reportagem FCM
Vista parcial da pista
Público
Porto União
- A oitava etapa do Riffel Motocross realizada neste domingo, 13, em Porto
União, na pista da localidade do Maratá, definiu os campeões da temporada
2005 em mais cinco categorias. Cristopher Castro, o Pipo, confirmou o
título com a vitória na bateria da MX2, assim como fez Douglas dos Santos
na 65cc. Nas classes 85cc e 50cc os pilotos Gabriel Gentil e Tauan Brenner
ficaram na segunda colocação nas suas baterias, mas o resultado também
garantiu a eles o título por antecipação. Na MX3 a combinação de resultados
deu o título a Sandro Silveira. A vitória de Kristofer Florenzano na MX1
adiou a decisão do título da categoria principal. Os candidatos Cristopher
“Pipo” Castro e João “Marronzinho” da Silva Júnior decidirão a temporada
na etapa final, em Canelinha, dias 3 e 4 de dezembro.
Com a inclusão
de Porto União no campeonato, a temporada 2005 será a de maior cobertura
do território do Estado, com provas em todas as regiões. O município está
localizado no Planalto Norte, na divisa com o Paraná, e embora tenha tradição
nas provas de enduro de regularidade, nunca havia sediado grandes competições
do motocross catarinense. Coube então aos organizadores da quinta edição
da Bergbauernfest – que pode ser traduzida como “festa dos colonos da montanha”
quebrar essa barreira. E assim Porto União entrou com o pé direito no circuito
estadual: bom número de competidores, público animado e participativo e
tempo seco e quente, muito quente. Numa semana em que boa parte
Mirko dos Santos, cat. MX3
do Estado ficou sob chuva incessante, a localidade do Maratá, que significa
“encontro das águas”, foi contrária a regra geral da região. E aí trabalho
extra para o pessoal de pista na tarefa de irrigação. Mas com a combinação
no tipo do terreno com o calor, a poeira conseguiu vencer, sobretudo nas
baterias finais.
Como foram as baterias
Na MX3 o virtual
campeão Sandro Silveira não apareceu. Claiton Detoni, único piloto com
chances de alcançá-lo na pontuação, largou na frente mas parou ainda na
primeira volta com o guidão quebrado, encerrando de vez a luta pela conquista
do campeonato. Com o caminho livre Alencar Krefta e Mirko dos Santos passaram
a duelar pela liderança da bateria. Mas não demorou para Mirko assumir
a dianteira e seguir para a sua primeira vitória no estadual. Em terceiro
chegou César Augusto dos Santos, seguido de Juliano Brixi e Rogério Schimidt.
Com o título de campeão definido a favor de Silveira (campeão também em
2002 e 2004), a briga agora é pelo vice, que tem como candidatos o Rogério
com 104 pontos, seguido de Detoni com 102 e Cássio Garcia com 95 pontos.
Cristopher “Pipo” Castro, campeão na MX2
Jonathan Menegasso,
segundo colocado na MX2
Pipo Castro
liderou de ponta a ponta a bateria da MX2 com certa tranqüilidade, confirmando
o título da melhor maneira. “Quando recebi a placa do meu mecânico apontando
que o Anão estava com o pneu furado, pilotei ainda mais confiante rumo
ao título”, disse Pipo. Alexandro Martins, o Anão, apesar da pista ter
alguns trechos bastante técnicos que o favoreciam, aquele não foi o seu
dia.... Ele era o único que poderia deter a conquista de Pipo. Porém da
segunda a sexta colocação, com Germano Vandressen, Richard Beróis, Kayan
Teixeira, Tiago Hort e Jonatham Menegasso travaram a maior disputa da
tarde. Menegasso que correu com o apoio da torcida foi superando os concorrentes
e a cada ultrapassagem o coro em seu favor aumentava, culminando quando
finalmente assumiu a segunda colocação numa sensacional manobra para cima
de Vandressen. Aí Menegasso manteve o posto, comemorado muito com a equipe
e o público a segunda colocação. Germano ficou com o terceiro lugar, seguido
de Richard, Tiago e Carlos Coelho. Kayan parou com problemas no motor
da sua Honda 250 F.
Kristofer Florenzano, cat. MX1
João Marronzinho, cat. MX1
Marron largou
na frente e liderou as primeiras voltas da MX1, mas não conteve o ímpeto
de Florenzano, que se mostrando bem à vontade no novo traçado de 1.400
metros do Maratá, assumiu a liderança aos 7 minutos e abriu vantagem,
acelerando forte rumo a quadriculada. Marronzinho correndo com o número
“1”, terminou em segundo, enquanto Pipo Castro que novamente largou em
último por deixar a motor apagar, fechou a bateria na terceira colocação.
A diferença entre Pipo e Marron que era de 16 pontos, baixou agora para
12. Luiz Zimermann também estava confiante e largou bem, mas ainda na
metade da volta inicial deixou o motor da sua Yamaha apagar, recomeçando
em último. O piloto “Honda” Kayan Teixeira inscrito para a MX1, para participar
teve gentilmente cedida a moto reserva de Florenzano. Mesmo com a moto
de outra marca e cilindrada andou forte, fechando a bateria na quinta
colocação. “Pessoal da fotografia, nada de registros!”, brincava o locutor
Valério Neto.
Djhony Aquino, cat. Júnior
Welington Brixi, cat. Júnior
Com o título
da júnior garantido o piloto Vandrigo Fabris encerrou antes a sua temporada
para tratamento médico. Sem a sua participação as coisas ficaram mais
fáceis para a terceira vitória consecutiva de Djhony Aquino que estreava
uma nova 450cc. Mas a platéia esteve mesmo durante os 15 minutos da bateria
junto com Welington Brixi, piloto de Porto União que marcou sua estréia
em provas do estadual com a segunda colocação, a frente de Thell Adur
que disputa com Djhony a corrida pelo vice-campeonato.
Largada categoria Nacional
Douglas dos Santos, cat. 65cc
Na nacional
o vencedor foi Eduardo Appel que após largar na frente, errou numa curva
e teve que partir para o tudo ou nada. E nessa ele se deu bem, retomando
a ponta na metade da prova. Appel venceu, seguido pelos tubaroenses Wallacy
Bressan, Márcio Duvoisin que deixou para dar o bote decisivo no companheiro
de treino Élan Pereira na última volta, e ainda Luciano Di Pieri. Ivan
Sardagna ficou na 11a colocação e decide com o atual campeão Wallacy o
título de 2005 em Canelinha.
Na classe 65cc
Douglas dos Santos venceu liderando de ponta a ponta, mesmo após sofrer
uma pequena queda. Confirmando que era o dia dos “pilotos da casa”, Mailon
Dal Lago que é da cidade vizinha Irineópolis, fechou a bateria na segunda
colocação. Em terceiro ficou Ricardo Loyola Filho, seguido de Tauan Brenner,
Venício Voigt e Talles Hess.
Gabriel Gentil, Largada categoria Nacional
Kayan Teixeira, cat. 85cc
Douglas também
largou na 85cc e liderou a bateria até a sexta volta, sob forte pressão
do paranaense Kayan Teixeira. Mais experiente, Kayan soube tirar proveito
da situação. Após a ultrapassagem Kayan não teve mais problemas e seguiu
com vantagem para receber a bandeira final. Já Douglas caiu duas vezes
seguidas cedendo a posição para Gabriel Gentil, que ao assumir o segundo
lugar, passou a comemorar o título com o público. Douglas terminou em
terceiro e Paulo Krutzsch Júnior em quarto, garantindo assim o vice-campeonato.
A classe 50cc,
disputada ainda na parte da manhã, repetiu o duelo de Rodrigo Riffel e Tauan
Brenner. Dessa vez a vantagem foi de Rodrigo, mas por ter conseguido maior
regularidade no decorrer do ano, Brenner
Rodrigo Riffel, cat. 50cc
confirmou o bi-campeonato. Bom pega também rolou entre os garotos Caiuri
Sevegnani, José Brayan, Caio Gumz e Pedro Rosa Bueno que completaram a prova
da terceira a sexta colocação respectivamente.
A oitava etapa
do Riffel Motocross foi uma realização da comunidade do Maratá, sob a
supervisão e organização da Federação Catarinense de Motociclismo, com
o apoio do Motoclube de Porto União da Vitória, Prefeitura e Câmara de
Vereadores de Porto União, Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria
Regional de Desenvolvimento – Canoinhas, e patrocínio da Expresso Joaçaba,
Motoshop, MCR, e co-patrocínio da BV Financeira, Fino-Trato Auto Center
e TOP FM.